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Até o momento, mais de 5 mil pessoas foram vacinadas, mas número ainda é considerado baixo
Oito casos de sarampo foram confirmados esta semana pela Secretaria da Saúde. Há ainda 25 notificações aguardando resultados dos exames.
Segundo o secretário municipal de Saúde, José Conrato Netto, a cidade não registrava casos de sarampo há 15 anos e para evitar uma epidemia, toda a rede pública continua oferecendo a vacina gratuita contra a doença. “Os moradores devem procurar atendimento das 10h às 16h nos postos de saúde”, reforça José Conrado.
Até o momento, mais de cinco mil pessoas já se vacinaram na cidade, mas o número ainda é considerado baixo.
A doença
Altamente contagioso, o sarampo é considerado uma doença grave, com histórico de surtos em 2013, no Pernambuco, e em 2014, no Ceará. Mais recentemente, em janeiro deste ano, o Pará também registrou aumento nos casos. Agora em São Paulo, a doença se espalha rapidamente e, segundo o último levantamento divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, subiu para 633 o número de casos confirmados, representando um aumento de 30% em apenas 11 dias.
Com a total disponibilização da vacina em postos de saúde da cidade, Roberta de Castro, uma das médicas responsáveis pelo conteúdo da PEBMED e especialista em saúde da criança e do adolescente pela Universidade Federal Fluminense, afirma que a única forma de se prevenir do sarampo é por meio da vacinação: “Na rede pública são utilizadas vacinas tríplices que protegem, inclusive, contra rubéola e caxumba. No caso de crianças com menos de um ano de idade, os pais devem evitar levá-las para ambientes aglomerados”, recomenda Roberta.
A transmissão da doença acontece pelo contato pessoa a pessoa, além da propagação pelo ar, que facilita o contágio e aumenta o surto. “Gotículas infecciosas das secreções respiratórias de um paciente com sarampo podem permanecer no ar por até duas horas”, alerta Roberta. Uma pessoa infectada pode começar a transmitir o sarampo cerca de cinco dias antes de ter as lesões características da doença na pele e até quatro dias após o desaparecimento delas.
Os primeiros sintomas do sarampo podem incluir febre, tosse e coriza, como se fosse um resfriado. A perda de apetite também se manifesta e surgem manchas esbranquiçadas na boca, como se fossem grãos de sal. Após os primeiros sintomas, muitos pacientes apresentam conjuntivite (olhos vermelhos, lacrimejantes e fotofobia), manchas vermelhas que começam no rosto e se espalham para o corpo, além de dor de garganta.
Complicações do quadro e tratamento
Segundo Dolores Henriques, experiente em medicina de urgência e conteudista da PEBMED, as complicações mais comuns ocorrem em crianças e pacientes que estão comprometidos imunologicamente. A diarréia é a mais frequente, mas o sarampo também é capaz de causar otite aguda, pneumonia, hepatite e inflamações no cérebro. “A maioria das mortes ocorrem devido a complicações respiratórias. Esse risco aumenta, sobretudo, nos países em desenvolvimento”, finaliza Dolores.
As especialistas afirmam que não há um tratamento específico para o sarampo. Repouso e ingestão de líquidos é bastante importante, além de medicamentos para dor e febre.
Quem pode e quem não pode vacinar?
Crianças: duas doses aos 12 e 15 meses de idade, que pode ser realizada com as vacinas tríplice viral ou tetra viral;
Crianças, adolescentes e adultos que não receberam essas doses na infância e que não tiveram sarampo, devem ser vacinados a qualquer momento: duas doses com intervalo mínimo de 30 dias entre elas;
Não está contraindicada em mulheres que estão amamentando, inclusive pode ser administrada no pós-parto imediato;
Quem não pode vacinar: pacientes com suspeita de sarampo, crianças com menos de seis meses de vida, gestantes, pacientes imunocomprometidos, pacientes com HIV/AIDS;
Pacientes que apresentem imunocomprometimento grave e indivíduos com histórico de anafilaxia em dose anterior de vacina de sarampo;
Pacientes com histórico confirmado da doença não precisam se vacinar;
Em caso de dúvidas, a vacinação está recomendada. Só serão considerados vacinados, aqueles que tiverem o registro da vacinação. Caso contrário, é recomendada a aplicação de uma ou duas doses, de acordo com s