O Carnaval passou e as emendas impositivas seguem sem uma solução

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 06:50
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:34
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Prefeito protela, desde o ano passado, pagamento de recursos destinados às entidades de Franca

O prefeito Gilson de Souza (DEM), antes mesmo de assumir seu mandato, em janeiro do ano passado, sabia que receberia a prefeitura com a
obrigação de pagar as emendas impositivas de 2016, para o orçamento de 2017.
Não o fez. 

Ao invés disso, depositou R$ 6 milhões em juízo e entrou com ação contra as entidades para que não tenha a obrigação de pagar, mesmo com leis federais e municipal
que determinam a validade das emendas.

O caso está na Justiça e poderá render a Gilson cicatrizes
profundas em sua imagem de homem público comprometido com a população
carente. Muitos diretores, participantes, voluntários e beneficiados pelas ONGs estão chateados e irritados com a postura do governo e não têm feito questão de esconder o descontentamento.

Para piorar as coisas, Gilson vetou as emendas impositivas também para este ano,
aprovadas no ano passado. Seu foi derrubado pelos vereadores, inclusive por seu irmão, Nirley de Souza (PP), que
não quiseram comprar briga com quase 90 entidades.

Na semana passada, um novo passo para trás. Em reunião com as entidades, na qual Gilson não compareceu e foi conduzida por secretários e o vereador Corrêa Neves Júnior (PSD), seu líder informal, a Prefeitura insistiu que nenhuma das 86 entidades têm condição legal para receber os recursos.Foi proposto um acordo que, para alguns dirigentes, tem o foco somente em ganhar mais prazo.

A coisa vai se arrastando, até agora sem uma certeza de solução. Há um parecer contrário do Ministério Público para o não pagamento no ano passado, inquéritos em andamento na Promotoria, processo na Justiça e muita desconfiança e incredulidade no ar.


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