O Brasil lembra nesta terça-feira, 11, os 20 anos sem o músico Renato Russo

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  • Publicado em 11 de outubro de 2016 às 12:00
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:59
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Líder da Legião Urbana, uma das mais populares bandas de todos os tempos, ele morreu aos 36 anos

Renato Russo se despediu há 20 anos dos fãs e de sua trajetória marcada por inúmeros sucessos (Foto: Reprodução)

Há 20 anos, num 11 de outubro de 1996, um dos maiores ídolos da juventude se despedia da vida e de tudo o que construiu. Renato Russo, líder da Legião Urbana, a banda mais popular e admirada da história do rock brasileiro, morreu aos 36 anos, deixando uma lacuna na música que nunca mais foi preenchida.

Renato Manfredini Jùnior, foi tanto um artista como uma pessoa de extremos. Os discos da banda abrigavam tanto protestos veementes com outros mais introspectivos. Da mesma forma, o romantismo e canções bem humoradas conviviam com momentos mais melancólicos ou efetivamente depressivos. 

A música, ainda que propositadamente simples, também abraçava toda essa complexidade, indo do folk ao punk, do rock oitentista, ao hard, e até o progressivo da década anterior. 

Legião Urbana, uma das bandas mais populares e amadas até hoje (Foto: Reprodução)

Foram essas qualidades que fizeram dele uma espécie de guru para adolescentes e pós-adolescentes da década de 80 e início de 90 – que, vale lembrar, foi a época de maior popularidade do trio.

O sucesso por outro lado, não tornou a vida de Russo mais fácil. O cantor também tinha que lidar com sua homossexualidade (que ele assumiu publicamente em 1989, e em nada atrapalhou sua carreira), os problemas de dependência química – seja com o álcool ou a heroína – e os diversos surtos de depressão. 

Parte desse lado mais obscuro do cantor se tornaram mais conhecidos recentemente com a publicação de “Só Por Hoje e Para Sempre – Diário do Recomeço”, com textos escritos pelo compositor em 1993, quando ele esteve internado em uma clínica de reabilitação.

Divulgação

Renato Russo morreu aos 36 anos, em decorrência de complicações da Aids (Foto: Reprodução)

Russo se descobriu soropositivo em 1990 e, ao contrário de Cazuza morto naquele ano, nunca assumiu publicamente que tinha o HIV. Ainda que boatos sobre sua real condição circulassem pela imprensa, é seguro dizer que o grande público só soube da real situação do artista depois de sua morte, o que fez de sua morte, totalmente inesperada uma tragédia ainda maior para seus milhões de admiradores.

Felizmente Russo teve a chance de desenvolver sua carreira e fazer sucesso em uma época em que esperava-se que as bandas produzissem bastante. 

Assim, durante apenas 11 anos de carreira discográfica, Russo nos deixou uma obra relativamente vasta – foram sete álbuns de estúdio, mais um póstumo com material inédito lançado em 1997 e dois álbuns solo com covers, fora os discos ao vivo. Uma obra que segue atual e muito ouvida. 


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