Número de mortes em acidentes nas rodovias sob concessão cai 16%

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 5 de agosto de 2020 às 14:09
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:04
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Nas rodovias Portinari e Ronan Rocha ainda é preocupante os desastres com vítimas fatais no perímetro urbano

SRodovia Cândido Portinari próximo ao Leporace e Vila Santa Terezinha - perímetro urbano tem registrado muitos acidentes graves

O número de mortes em acidentes ocorridos nas rodovias reguladas pela ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo e administradas pelas 20 concessionárias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias apresentou queda de 16% de janeiro a junho deste ano (472), na comparação ao primeiro semestre de 2019 (563), segundo dados do Infosiga SP. 

Em Franca, que envolve as rodovias Ronan Rocha, Cândido Portinari e Fábio Talarico, o risco de desastres é muito grande no perímetro urbano. 

Entre os trechos mais perigosos estão: do viaduto do entorno com a Fabio Talarico ao viaduto do Jardim Primavera (Ronan Rocha) e do viaduto do Galo Branco ao viaduto do Paineiras (rodovia Cândido Portinari).

Mas, pelo levantamento da Artesp o percentual verificado pelo Infosiga é o menor número registrado no período desde 2015, quando iniciou a série histórica do Programa Respeito à Vida, do Governo de São Paulo. 

Em média, a movimentação de veículos nas rodovias concedidas caiu 20% em relação ao primeiro semestre de 2019.

Esta redução no tráfego, reflexo do isolamento social devido à pandemia da Covid-19, somados às ações de prevenção de acidentes, que não foram interrompidas no período, contribuiu para a diminuição dos óbitos nas estradas.

“Ações de engenharia, educação e principalmente de fiscalização estão ocupando cada vez mais espaço em nossas rodovias resultando na redução de acidentes com vítimas fatais”, avalia Milton Persoli, diretor-geral da ARTESP. 

“Estamos percorrendo o caminho correto e seguiremos desta maneira, inclusive, na retomada pós pandemia, para que o trabalho preventivo possa ajudar a preservar vidas.” 

Especificamente no período da quarentena dentro do semestre, que compreende de 24 de março a 30 de junho, foram contabilizadas 255 mortes em todo os 10,8 mil quilômetros de malha rodoviária paulista sob concessão, 25% a menos que o mesmo período do ano passado quando morreram 340 pessoas.

Fatalidades envolvendo pessoas com mais de 60 anos, público mais vulnerável à Covid-19, reduziram 44% após o isolamento social. 

Segundo o programa Respeito à Vida, a redução nesse grupo impactou o número geral de pedestres, pois, historicamente, uma em cada três vítimas de atropelamentos é idosa. 

Programa Respeito à Vida 

Gerido pela Secretaria de Governo, o Programa Respeito à Vida tem como objetivo desenvolver ações com foco na redução de acidentes de trânsito.

Juntamente com a sociedade civil, iniciativa privada, terceiro setor e, em parceria com municípios, promove intervenções preventivas educativas, de engenharia e fiscalização. 

Mais oito pastas estaduais atuam no programa: Logística e Transportes, Transportes Metropolitanos, Educação, Segurança Pública, Saúde, Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Direitos da Pessoa com Deficiência.

Além disso, a iniciativa é responsável pela gestão do Infosiga SP, sistema que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes fatais de trânsito no Estado. 


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