Número de empresas inadimplentes cresce 5,02% em todo o país

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de março de 2019 às 13:45
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:28
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O maior crescimento quanto ao número de empresas negativadas foi observado no Sudeste

O número de empresas
com contas em atraso e registradas no cadastro de inadimplentes cresceu 5,02%
em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2018.

No entanto, o ritmo
de alta perdeu força em todas as regiões do país. O número de dívidas
contraídas em nome de pessoas jurídicas avançou 1,84% na comparação anual.

Além disso, cada empresa devedora continua acumulando, em média,
duas pendências financeiras. Os dados, divulgados são da Confederação Nacional
de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

De acordo com o indicador de inadimplência das empresas, o maior
crescimento quanto ao número de empresas negativadas foi observado no Sudeste,
com alta de 8,65%. No Sul chegou a 2,99%, no Centro-Oeste a 1,54% e no Nordeste
a 1,31%. O Norte apresentou a menor variação entre as cinco regiões, com
-0,03%.

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a
queda da inadimplência deve-se a um cenário mais positivo em que já se observa
uma melhora gradativa do faturamento de alguns setores da economia e taxas de
juros mais baixas. “Apesar de as empresas ainda não terem recuperado a saúde
financeira nos mesmos níveis que antecederam a crise, as vendas começam a
reagir dando fôlego maior para que elas cumpram seus compromissos”, analisa.

Setor de serviços

Dados abertos por setor da economia revelam que o aumento da
inadimplência foi maior entre as empresas que atuam no ramo de serviços, cujo
avanço foi 8,16% em fevereiro de 2019 na comparação com o mesmo período do ano
anterior. Os atrasos entre empresas do comércio cresceram 2,87%, ao passo que a
indústria registrou variação de 1,91%.

Entre os segmentos credores, ou seja, empresas que deixaram de
receber de outras empresas, o destaque também ficou por conta do ramo de
serviços, que engloba bancos e financeiras. Em termos de participação, o setor
detém a maior fatia do total de dívidas, com 69,6%. O comércio manteve 17,2%
das dívidas de empresas e a indústria ficou com 12,4%.


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