Número de atendimentos por doença respiratória aumenta 30% em SP

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 9 de maio de 2018 às 04:02
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:43
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Nos dias frios, as doenças respiratórias crescem por causa do ciclo de vida dos vírus e bactérias

Os atendimentos nas unidades de saúde
no Estado de São Paulo aumentaram cerca de 30% devido às doenças respiratórias
que se desenvolvem no período entre o outono e o inverno, de acordo com a
Secretaria de Saúde.

A capital paulista registra queda na
temperatura e baixa umidade relativa do ar, situação agravada pela poluição
atmosférica.

A procura por atendimento em razão de
doenças como bronquite, asma, gripe, resfriado e pneumonia se intensificou. De
janeiro a fevereiro, foram atendidas cerca de 3,5 mil crianças por mês. Em
março e abril, o número supera 5 mil a 6 mil atendimentos. O número de casos
deve continuar subindo até o começo de agosto.

Segundo a médica Maisa Kairalla,
presidente da Sociedade de Geriatria e Gerontologia de São Paulo, além das
crianças, idosos estão entre os mais prejudicados pelo aumento do número de
casos das doenças respiratórias. “Idoso morre, ou de queda, ou de pneumonia. E
a pneumonia é a terceira causa de internação hospitalar no Brasil, sendo que
60% dos internados são idosos”, disse ela.

A médica aponta que, mesmo quando o
idoso consegue recuperar a capacidade respiratória após o tratamento de uma
pneumonia, ele quase sempre sai com a saúde geral pior do que quando deu
entrada no hospital. “O melhor é prevenir. Existe vacinação gratuita nos postos
de saúde contra a influenza, que predispõe à pneumonia bacteriana”, esclarece
Maísa. “O idoso acamado demora, depois, seis meses para se recuperar da
internação”, disse.

Circulação
de vírus

Nos dias frios, as doenças
respiratórias crescem por causa do ciclo de vida dos vírus e bactérias. Outro
fator que contribui para o aumento dessas patologias é que as pessoas
permaneçam em ambientes confinados.

Por isso, a orientação é manter
sempre os ambientes arejados e limpos. Nos dias secos, utilizar umidificadores
de ar ou colocar bacias com água nos cômodos, além tomar bastante água. As
principais formas de prevenção incluem lavar as mãos, não fumar e evitar
aglomerações. A vacinação contra a gripe reduz a hospitalização e a internação
por pneumonias.

Balanço
de casos

A Secretaria da Saúde de São Paulo
informa que contabiliza somente casos de gripe grave, caracterizados como
Síndrome Respiratórias Aguda Grave, com notificação obrigatória. Em 2018, foram
notificados 146 casos no Estado até o momento atribuídos ao vírus Influenza,
que causou 25 óbitos.

O Centro de Vigilância Epidemiológica
monitora a circulação do vírus desde 2011. A campanha de vacinação contra a
gripe para grupos considerados vulneráveis, como gestantes, idosos e crianças
menores de cinco anos, começou em 23 de abril e já imunizou mais de 2 milhões
de pessoas. A vacina está disponível na rede pública.


+ Saúde