Curso superior de Engenharia inédito está sendo criado pela USP

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de abril de 2018 às 22:01
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:41
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Engenharia da Complexidade traz a proposta de formar o novo profissional do futuro na área

Inédito no Brasil, o curso de
Engenharia da Complexidade é a proposta da Escola Politécnica (Poli) da USP para
formar o engenheiro do futuro: um profissional capaz de propor soluções em
ambientes de alta complexidade. Alguns dos detalhes foram apresentados em
colóquio na Poli, no começo do mês de abril.

Com metodologia de
ensino/aprendizagem por projetos, o curso irá de encontro à prática corrente da
ciência e da engenharia de enxergar sistemas e suas partes separadamente. A
ideia é que ele seja oferecido a turmas anuais no campus da cidade de Santos,
com duração de 5 anos, mas não há previsão de início.

Um dos exemplos dados para explicar a
ação do engenheiro de complexidade foi a construção de um túnel ou de um
viaduto em que fosse levado em conta o impacto da obra de maneira ampla: tanto
na economia, quanto no ambiente urbano e na população em si.

A palavra chave da engenharia de
complexidade é integração de conhecimentos de outras áreas da engenharia para
oferecer soluções de deem conta dos mais diversos aspectos de um problema.

Habilitação
vem para somar conhecimentos

Sua proposta não é substituir outras
habilitações de engenharia e, sim, somar, segundo o professor Laerte Idal
Sznelwar, do departamento de Engenharia de Produção da Poli, coordenador do
grupo de trabalho que está estruturando a nova habilitação

Novidade no Brasil, a engenharia da
complexidade já é tema de pesquisa em universidades estrangeiras
como a de Calgary (Canadá), Imperial College e Oxford (Reino Unido), Sidney
(Austrália), Stanford e o MIT (Estados Unidos).

Mas é no Japão que o tema, segundo
disse o professor de engenharia naval, Bernardo Luis Rodrigues de Andrade,
durante o colóquio, que o tema ganha mais destaque já que na Universidade de
Tóquio, no Japão, há um departamento de Ciência e Engenharia da Complexidade.
Na opinião do professor, o Brasil está atrasado no assunto.


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