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Municípios da região enfrentam problemas estruturais e não se mobilizam em buscar saídas
O Prefeito de Franca, Gilson de Souza (DEM), que também acaba de ser eleito em um tumultuado pleito para a nova diretoria do Comam – Consórcio dos Municípios da Alta Mogiana tem pela frente duas oportunidades: colocar em prática seu já surrado discurso de “planejamento estratégico regional” e tirar do marasmo o consórcio de cidades, cuja finalidade muitos novos prefeitos ainda tentam entender.
Um exemplo em que Gilson de Souza pode atuar é o Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem), iniciativa que financia serviços especializados que empregam a capacitação técnica do IPT na resolução de problemas técnicos em municípios de pequeno e médio porte sem recursos e/ou capacitação funcional.
Com resultado pífio para um estado que tem 645 municípios, o Programa atendeu a apenas oito cidades paulistas no ano passado. O Comam de Franca agrega 29 cidades das linhas da Anhanguera e Cândido Portinari.
Os projetos envolvendo a caracterização do meio físico e biótico do programa do IPT responderam por 75 % dos atendimentos do Patem, como cartas geotécnicas, áreas de risco, aterro sanitário e recuperação de áreas de proteção permanente, enquanto os demais 25% corresponderam a atendimentos relativos a atividades econômicas, como mineração e cerâmica.
Com um orçamento de R$ 1,85 milhão, foram atendidas as cidades de Arujá, Conchas, Cunha, Lençóis Paulista, Limeira, Praia Grande, Sarapuí e Sete Barras, como se vê, nenhuma da região de Franca ou mesmo de Ribeirão Preto.
Vale ressaltar que o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas mantém um escritório em Franca, que funciona na Avenida Wilson Bego, 300 – Distrito Industrial “Antônio Della Torre”, mas que a grosso modo não tem nenhuma parceria efetiva com a Prefeitura de Franca.
Para 2017, o orçamento aprovado do Patem é de R$ 2,29 milhões e problemas técnicos de pequenas e médias cidades da região de Franca que poderiam ser resolvidos pelo Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios, não são poucos.
Basta que os prefeitos – e o próprio colegiado do Comam – saíam de sua zona de conforto e realmente busquem saídas tecnológicas rápidas e eficientes.