Naturalmente perfumada

  • Aromas em Palavras
  • Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 22:51
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 14:11
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O dia de São Valentim, o dia dos namorados pelo mundo todo (exceto no Brasil) foi há dois dias, a mesma data em que foi lançado o novo filme da trilogia do Sr Grey que causa uma certa euforia entre as mulheres. Já que o clima de romance anda nas alturas essa semana, a pauta de hoje é sobre uma escritora norte americana que decidiu fazer um experimento um tanto quanto intrigante. A vida amorosa dela andava bem parada, e uma amiga ligou para contar sobre uma noticia que leu de uma moça que usava seus próprios fluídos vaginais para fabricar seu próprio perfume. Aquilo a deixou enojada e ao mesmo tempo curiosa. A primeira coisa que pensou foi porque alguém faria isso e até se realmente aquilo poderia funcionar.

Essa conversa não conseguiu sair de sua cabeça então ela foi até a biblioteca fazer algumas pesquisas, focou em duas obras: “The Joy of Sex” do Dr Alex Comfort e “Aphrodisiacs” da Linda Louisa Dell. Digamos que nos livros diziam que era só você colher uma amostra dos fluidos com seus próprios dedos e passar em seus pontos de pulso onde mais se fixam os aromas, como já comentei aqui na coluna em uma crônica. Há algumas passagens históricas que de certa forma esse tipo de experimento era totalmente eficaz há algumas décadas atrás.

Sendo assim, ela foi mais afundo, e resolveu fazer uma aula sobre óleos essenciais e misturas de perfumes no Institute for Art and Olfaction, em Los Angeles com a perfumista e pesquisadora Saskia Wilson-Brown, a fundadora do instituto. Por e-mail, logo após a aula, ela enviou um email à Saskia perguntando sobre esse tipo de experimento. A resposta foi de que esse tipo de fluido assim como o suor são muito instáveis, e provavelmente não dariam muito certo e uma fórmula. Mas a convidou a voltar ao instituto e pesquisar um pouco mais sobre isso. Assim foi feito, começando por rosas e cedro, passando por torta de abóbora, alfazema, alcaçuz, donuts, esses quatro últimos como aromas que foram realmente testados e comprovados que elevem o fluxo sanguíneo masculino os levando à loucura. E claro, testou alguns ferormônios sintéticos. O final de seu experimento resultou em um aroma chamado de ‘Christmasy’, bem doce e picante. Ela levou o pequeno frasco de perfume para casa com a seguinte recomendação: “Colha a mostra de fluido e mergulhe no frasco, repita sempre esse processo cada vez que desejar usar o perfume, e não se esqueça de aplicá-lo em seus pontos de pulso.”

O teste foi feito por três dias seguintes, e extremamente bem sucedido. Ela passou por algumas situações improváveis e teve 100% de sucesso no quesito atração. Alguns podem achar essa pesquisa questionável, no entanto é muito interessante apesar da pouca ciência por detrás dela. Talvez possa ser apenas um placebo essa energia sexual poderosa que ela teve nesses dias em que usou o perfume. Ou talvez você não precise mesmo de um batom novo, ou um novo rímel, ou até daquelas conversas pré ensaiadas. O que você tem já é o suficiente, quem sabe!

A ‘corajosa’ escritora, fez uma crônica para a famosa revista norte americana Cosmopolitan, sobre o experimento. Caso queira ler o texto, segue o link: http://www.cosmopolitan.com/sex-love/a8647411/vagi…

*Esta coluna é semanal e atualizada às quintas-feiras.


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