Mioma uterino é mais comum em mulheres na faixa etária dos 30 a 50 anos

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  • Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 14:51
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:18
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Segundo levantamentos, 75% das mulheres desenvolverão este problema ao longo da vida

A maioria das mulheres tem pouca informação sobre os métodos minimamente invasivos para tratar miomas e acaba se submetendo a cirurgias mais agressivas e, possivelmente, desnecessárias. Segundo a pesquisa feita pela Sociedade de Radiologia Intervencionista dos Estados Unidos em agosto de 2017, 62% das mulheres que responderam ao questionário postado na internet nunca ouviram falar da embolização de miomas. Já no grupo que foi diagnosticado com o problema, e que deveria ter maior conhecimento sobre os métodos para tratar a condição, 44% não sabiam nada a respeito das técnicas minimamente invasivas.

Segundo André Moreira de Assis, membro titular da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista, a embolização dos miomas uterinos é um exemplo de terapia guiada por imagem que melhorou o padrão de cuidados e a qualidade de vida de muitas mulheres, permitindo uma abordagem minimamente invasiva. “Além de serem menos dolorosas, oferecem um período de recuperação mais curto do que as opções cirúrgicas, ” explica o ´médico.

O mioma uterino costuma atingir mulheres em idade reprodutiva na faixa dos 30 a 50 anos, essa doença causa a formação de tumores pélvicos benignos nasce dentro ou fora do útero. Estima-se que 75% das mulheres desenvolverão este problema ao longo da vida, sendo que 20 as 25% ocorrem na idade de engravidar e 10 a 20% apresentam os sintomas.

O procedimento consiste na obstrução das artérias do útero que alimentam os miomas de sangue, por meio da injeção de micropartículas de resina acrílica ou de polivinilálcool (tem efeito permanente e inofensivas ao organismo). Realizado sob anestesia peridural ou raquidiana para tratamento definitivo do miomatose uterina sintomática.

Para o especialista, esse tratamento é indicado como alternativa para mulheres que têm que retirar os miomas ou o útero em decorrência do sangramento acentuado (podendo levar à anemia), dor abdominal (normalmente cólicas), aumento do volume do abdome e até dor à relação sexual. “Existem mulheres que têm Adenomiose” isolada ou em associação com os miomas uterinos que também podem ser tratadas com esta mesma técnica”, finaliza o médico.