Ministério da Saúde alerta para picadas de escorpião, comum no verão

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de janeiro de 2019 às 11:39
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:18
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Clima úmido e quente é considerado ideal para o aparecimento desse tipo de animal que se esconde em esgotos

O período do verão – entre dezembro e
março – exige maior cuidado dos brasileiros em relação aos acidentes com
escorpiões, já que o clima úmido e quente é considerado ideal para o
aparecimento desse tipo de animal peçonhento, que se abriga em esgotos e entulhos.

A limpeza do ambiente e a adoção de
hábitos simples, de acordo com o Ministério da Saúde, são fundamentais para
prevenir picadas.

No ambiente urbano, a orientação para
evitar a entrada de escorpiões em casas e apartamentos é usar telas em ralos de
chão, pias e tanques, além de vedar frestas nas paredes e colocar soleiras nas
portas.

Os cuidados incluem ainda afastar
camas e berços das paredes e vistoriar roupas e calçados antes de usá-los. Já
em áreas externas, a principal dica é manter jardins e quintais livres de
entulhos, folhas secas e lixo doméstico.

Também é importante
manter todo o lixo da residência em sacos plásticos bem fechados para evitar
baratas, que servem de alimento e, portanto, atraem os escorpiões.

Outra recomendação é
manter o gramado sempre aparado, não colocar a mão em buracos, embaixo de
pedras ou em troncos apodrecidos e usar luvas e botas de raspas de couro na
hora de manusear entulhos e materiais de construção e em atividades de
jardinagem.

O ministério não recomenda o uso de produtos químicos como
pesticidas para o controle de escorpiões. “Estes produtos, além de não
possuírem, até o momento, eficácia comprovada para o controle do animal em
ambiente urbano, podem fazer com que eles deixem seus esconderijos, aumentando
a chance de acidentes”, informou.

Populações
mais expostas

Os grupos considerados mais vulneráveis são trabalhadores da
construção civil, crianças e demais pessoas que permanecem grande parte do
tempo dentro de casa ou nos arredores e quintais. Nas áreas urbanas, também
estão sujeitos a picadas trabalhadores de madeireiras, transportadoras e
distribuidoras de hortifrutigranjeiros, que manuseiam objetos e alimentos onde
os escorpiões podem estar escondidos.

Acidentes

A maioria dos acidentes com escorpiões, segundo a pasta, é leve,
com quadro de início rápido e duração limitada. Nessas situações, a pessoa
apresenta dor imediata, vermelhidão, inchaço leve por acúmulo de líquido e
sudorese localizada, com tratamento sintomático.

Crianças abaixo de 7 anos têm mais chance de apresentar sintomas
como vômito e diarreia, principalmente quando picadas por escorpião-amarelo,
que pode levar a casos graves e requer a aplicação do soro em tempo adequado.

As recomendações incluem ir imediatamente ao hospital de
referência mais próximo e, se possível, levar o animal ou uma foto para
identificação da espécie. Limpar o local da picada com água e sabão, de acordo
com o ministério, pode ser uma medida auxiliar, desde que não atrase a ida ao
serviço de saúde.

Números

Dados do ministério mostram que, em 2018, foram
contabilizados 141,4 mil casos de acidentes com escorpiões no Brasil. Em 2017,
foram 125 mil registros. Os números, de acordo com a pasta, ainda são
preliminares e serão revisados. Em 2016, foram 91,7 mil notificações. Em
relação às mortes, 115 óbitos foram registrados em 2016 e 88 em 2017.


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