Millennials serão mais pobres e morrerão mais cedo que geração anterior

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de novembro de 2019 às 16:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:02
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Segundo pesquisa da Moody’s, geração poderá ter mortalidade 40% maior que a anterior aos 35 anos

O​s millennials, termo dado a pessoas nascidas entre 1981 e 1996, formam a geração mais populosa, instruída e conectada da história. 

Mas, segundo estudo encomendado pela Blue Cross e feito pela Moody’s, essa geração também será mais pobre e menos saudável que seus antecessores.

A pesquisa usou dados do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, da própria seguradora Blue Cross e estudos anteriores sobre o assunto.

O relatório prevê um aumento de 40% na mortalidade até os 35 anos entre millennials nos Estados Unidos.

O crescimento da taxa não é inédito, mas aumentos prévios podiam ser explicados por questões pontuais: na década de 60, foi por conta da Guerra do Vietnã, e na década de 80 por conta da epidemia da AIDS.

A Blue Cross diz não poder determinar uma causa específica para o aumento, mas que a mortalidade já é maior entre jovens de 25 a 29 anos em todas as categorias, de overdose, acidentes a câncer.

As doenças de maior impacto, no entanto, são as comportamentais. Depressão cresceu 31% entre millennials, hiperatividade em 29% e hipertensão em 17%. 

Segundo a pesquisa, isso significa que o aumento da taxa de mortalidade esconde uma piora muito mais drástica da saúde da geração.

O impacto dessas questões pode ter consequências duradouras para a economia dos Estados Unidos. 

O estudo afirma que a queda na qualidade de saúde pode resultar numa redução de US$ 4.500 por ano na renda disponível per capita de millennials na comparação com a geração anterior. 

Isso se daria, em parte, por conta de um aumento em 33% nos custos com cuidados de saúde.

Trabalhadores doentes também são menos produtivos. E como os millennials já representam 35% da força de trabalho norte-americana, o impacto da queda de qualidade de saúde pode chegar ao PIB do país. 

O desemprego na geração também aumentaria em 0,63% em relação à anterior.

No entanto, é possível mitigar esse processo que já está em curso.

Estimativas mais otimistas da pesquisa apontam que, caso sejam tomadas medidas para reverter o curso dessas tendências, a renda per capita millennial pode cair apenas cerca de US$ 300 ao ano e o desemprego aumentar em 0,04%.


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