Mesmo que bem pouco, preços em supermercados caem em junho

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de julho de 2017 às 22:55
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:16
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A inflação em 12 meses, em junho, é a menor desde dezembro de 2009, segundo a Apas

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Apas – Associação Paulista de Supermercados -, apresentou queda em junho de 0,89%.

No primeiro semestre, os preços registram diminuição de 0,30%. Em um ano, a alta nos preços atingiu 0,06% e, se comparada a junho de 2016, a inflação em 12 meses foi de 13,76% naquele mês.

Este cenário, segundo a Apas, disponibilizou valores mais competitivos e ofertas aos consumidores. De acordo com Rodrigo Mariano, Gerente de Economia e Pesquisa da Apas, a inflação em 12 meses, em junho, é a menor desde dezembro de 2009, quando foi registrada queda de 0,16%.

 “A crise econômica, ao afetar negativamente o emprego e a renda da população, contribuiu para uma demanda reprimida, que se refletiu na queda no consumo das famílias, colaborando para menor inflação”, afirmou Rodrigo.

Assim, a queda nos preços dos supermercados, em junho, se deu, principalmente, pela diminuição dos valores destes itens e pela queda nos preços da carne e de seus derivados.

Os preços dos Produtos In Natura registraram redução de 7,34%, com destaque para os tubérculos, com retração de 10,87%, em relação aos preços da batata (-14,91%) e cebola (-13,18%). Em um ano houve queda de 21,61% nos preços destes itens e, no acumulado de janeiro a junho, queda de 4,19%.

Os valores dos industrializados apresentaram ligeira diminuição, com variação de -0,62%, relacionada aos preços de Derivados do Leite (-1,53%) e da Carne (-1,48%).

Os preços dos Semielaborados (Carnes e Leite) mantiveram a estabilidade (0,0%). Por outro lado, houve elevação nos preços dos Cereais (5,59%), diante do aumento do valor do feijão (22,79%), que foi contrabalanceado pela queda na valoração de Carnes Bovinas (-2,42%).

As bebidas alcoólicas apresentaram variação de 0,43%. Já as não alcoólicas registraram alta de 0,51%, relacionada, principalmente, aos preços de refrigerantes (0,39%).

Os produtos de limpeza obtiveram alteração de 0,76% e os artigos de higiene e beleza apontaram relativa estabilidade, em -0,01%.

“Em junho, as variações negativas estiveram presentes em 56,76% dos itens, de acordo com o índice de difusão (proporção das variações de preços negativas), ficando acima da média para os últimos 12 meses, que é de 44,58%. Isso demonstra maior quantidade de produtos com sinais de desaceleração e de quedas nos preços ao longo deste mês”, explicou o economista Rodrigo Mariano.


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