Mercado reduz projeção do crescimento da economia para 2,76%

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de abril de 2018 às 14:01
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:41
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Projeção para a expansão da economia caiu de 2,80% para 2,76% – há quatro semanas estava em 2,83%

O mercado financeiro reduziu a
projeção para o crescimento da economia este ano. De acordo com a pesquisa do
Banco Central (BC) junto a instituições financeiras, a estimativa para a
expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país – caiu pela terceira semana consecutiva.

Desta vez, a projeção passou de 2,80%
para 2,76%. Há quatro semanas, a estimativa estava em 2,83%. Para 2019, a
expectativa permanece em 3% há 11 semanas seguidas. Os dados constam do Boletim
Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central às segundas-feiras.

O mercado financeiro também tem
alterado a projeção para a inflação este ano. A estimativa para o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país)
passou de 3,53% para 3,48% na décima primeira redução consecutiva.

Estimativa da inflação é ajustada
para 4,07%

A projeção segue abaixo do centro da
meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para
a inflação foi ajustada de 4,09% para 4,07%, abaixo do centro da meta (4,25%).

Para alcançar a meta, o BC usa como
principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao
ano. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso
gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança.

Quando o Copom diminui os juros
básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à
produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. De acordo com a
previsão do mercado financeiro, a Selic encerrará 2018 em 6,25% ao ano e subirá
ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano.


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