Mercado financeiro eleva estimativa de inflação para 4,40% para este ano

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de outubro de 2018 às 12:18
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:04
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A projeção do mercado financeiro ficou mais próxima do centro da meta deste ano, que é 4,5%

A estimativa de
instituições financeiras para a inflação este ano subiu pela quarta vez
seguida. De acordo com pesquisa do Banco Central (BC), divulgada nesta
segunda-feira, 08 de outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) deve ficar em 4,40%. Na semana passada, a projeção estava em 4,03%.

Para 2019, a projeção da inflação permaneceu em 4,20%. Para
2020, a estimativa segue em 4% e, para 2021, passou de 3,97% para 3,95%.

A projeção do mercado financeiro ficou mais próxima do centro da
meta deste ano, que é 4,5%. Essa meta tem limite inferior de 3% e superior de
6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Já para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a
5,25%, respectivamente).

Taxa básica

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como
instrumento a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 6,5% ao ano.

De acordo com o mercado financeiro, a Selic deve permanecer em
6,5% ao ano até o fim de 2018.

Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando
o período em 8% ao ano. Para o fim de 2020, a projeção é 8,38% ao ano, ante
8,19% previstos na semana passada, voltando a 8% ao ano no final de 2021.

Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, a
meta é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os
juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique
mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da
inflação.

A manutenção da taxa básica de juros, como prevê o mercado
financeiro este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores
suficientes para chegar à meta de inflação.

Crescimento econômico

As instituições financeiras ajustaram a estimativa para o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços
produzidos no país, de 1,35% para 1,34%, este ano e mantiveram a estimativa em
2,5% nos próximos três anos.

A estimativa para a cotação do dólar foi mantida em R$ 3,89 no
fim deste ano, e em R$ 3,83 ao término de 2019.


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