Mercado externo e inovação norteiam feira de base da indústria coureiro-calçadista

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de março de 2016 às 08:24
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:40
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Couros, Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes na Fimec

Não se ouve outra coisa: os importadores invadiram a 40ª Fimec – Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes. Entre os expositores, o clima é unanime. 

Com o mercado interno retraído, a exportação é o maior incentivador da mostra, que segue até esta quinta-feira, dia 17, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo/RS.

Expondo pela segunda vez, a ZittyCouros (Franca/SP), fundada em 1994, busca reforçar sua marca e abranger um mercado maior. “Gostamos de participar da Fimec pois temos bastante visibilidade aqui”, afirma a representante Marly da Silveira. Em sua opinião, a visitação da mostra deste ano foi um pouco inferior, mas, segundo ela, o seu estande estava sempre cheio. 

“Não paramos de vender um minuto”, comemora. Apresentando couros metalizados, comfort, estampados, entre outros, ela se diz contente com os resultados. “Recebemos vários importadores. Eles estão pedindo amostras e acreditamos que teremos bons negócios pela frente.”

A Cipatex (Cerquilho/SP) utiliza a Fimec para confirmar a sua coleção. A partir de pesquisas fora do País, a empresa procura inovar sempre. O gerente de Marketing, Silvio Martins, explica que buscar novas tecnologias é um desafio constante. 

“Somos referência em apresentar novidades e produtos que se diferenciam no mercado. Trabalhamos com pilares como durabilidade, absorção, harmonia de cores, texturas e materiais”, exemplifica Martins.

Sobre a feira, o gerente é realista: “O mercado como um todo está retraído. Mas não podemos reclamar, pois estamos recebendo visitas de nossos clientes e fazendo bons negócios”, assegura. 

A exportação também é um braço forte para a fabricante. “Exportamos cerca de 30% do total e aproveitamos aqui para abrir novos mercados”, diz.

Acima das expectativas. Essa é a avaliação do gerente da Sulpol Máquinas e Equipamentos (Canoas/RS), Gilberto Alves da Silva Junior. “Estávamos um pouco pessimistas, mas ficamos muito satisfeitos com os resultados”, conta. 

Apresentando o robô de aspiração e moldes inovadores, o estande da empresa permaneceu cheio durante os dias da Fimec. “O mercado está melhor e a feira serve de incentivo”, opina. 

Atendendo a diversos estrangeiros, Junior afirma: “Estou tendo que pensar para falar em português, pois, durante a feira, praticamente só falei espanhol”, diverte-se. 


+ Economia