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Com menor índice desde dezembro de 2016, cenário reflete a incerteza do futuro econômico do país
Os
dois indicadores sobre mercado de trabalho da Fundação Getúlio Vargas (FGV)apresentaram piora de agosto para setembro deste ano. O Indicador
Antecedente de Emprego (Iaemp) – que busca antecipar tendências do
mercado para os próximos meses, com base em entrevistas com
consumidores e com empresas da indústria e dos serviços – recuou
3,3 pontos.
Com
o resultado, o indicador atingiu 91 pontos em uma escala de 0 a 200
pontos – menor nível desde dezembro de 2016 (90 pontos).
Segundo
o economista da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho, a queda no
Iaemp reflete uma incerteza dos empresários e dos consumidores em
relação ao crescimento da atividade econômica futura do país.
O
Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) – que mostra a percepção
dos consumidores sobre a taxa de desemprego atual – aumentou 1,3
ponto em setembro e chegou a 97,3 pontos. A escala também vai de 0 a
200 pontos, mas, diferentemente do Iaemp, no ICD, quanto maior a
pontuação pior é o resultado.
Esse
foi o maior nível do indicador desde dezembro do ano passado (100,3
pontos). Para Barbosa Filho, o resultado sinaliza que os
trabalhadores têm enfrentado dificuldade no mercado de trabalho,
apesar da lenta redução observada na taxa de desemprego.