Medo do desemprego cresce entre os brasileiros, diz pesquisa da CNI

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 3 de julho de 2019 às 11:21
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:38
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Temor de ficar desempregado é maior entre os mais velhos e com menor grau de instrução

O
medo do desemprego cresceu, segundo pesquisa da Confederação Nacional da
Indústria (CNI). O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre 20
e 23 de junho.

O
índice subiu 2,3 pontos em relação a abril – quando a confederação fez a última
pesquisa do tipo – e chegou a 59,3 pontos.

O índice de junho está acima da média histórica, que é
de 49,9 pontos, mas está melhor do que a situação registrada há um ano. Em
junho de 2018, o índice chegou a 67,9 pontos – mesmo nível de 1996, quando
começou a série histórica.

Segundo o gerente-executivo de Política Econômica da
CNI, Flávio Castelo Branco, para reverter essa situação, é preciso que o Brasil
volte a criar empregos. “Com a economia crescendo e as empresas empregando
mais, a população encontrará emprego mais facilmente e a confiança
aumentará”, afirmou. 

Idade e escolaridade

De acordo com a pesquisa, o medo é maior
entre as pessoas com mais de 45 anos de idade e com menor grau de instrução.

Entre os brasileiros que têm entre 45 e 54 anos, o
índice do medo do desemprego subiu 7,1 pontos frente a abril e ficou em 60,1
pontos em junho.

Entre as pessoas que fizeram até quarta série do ensino
fundamental, o medo do desemprego aumentou 6,1 pontos na comparação com abril e
atingiu 65,1 pontos em junho. 

Regiões

Entre as regiões, a pesquisa mostrou que o medo do desemprego
é maior no Nordeste, onde ficou em 66 pontos, e menor na região Sul, onde ficou
em 47,9 pontos. 

Satisfação com a vida

A pesquisa também verificou o índice de satisfação com a vida
dos brasileiros. Segundo a CNI, os brasileiros estão mais insatisfeitos em
junho do que na pesquisa feita em abril.

O
indicador que mede o grau de satisfação com a vida caiu 0,5 ponto com relação a
abril e ficou em 67,4 pontos. O valor é menor do que a média história do
indicador, mas maior do que o verificado em junho de 2018.

Ao
contrário do medo do desemprego, a queda na satisfação com a vida foi maior
entre os brasileiros que têm curso superior.


+ Trabalho