Médica brasileira diz como está após tomar vacina de Oxford para Covid-19

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de julho de 2020 às 16:10
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:00
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Ela disse que se inscreveu para fazer parte do corpo de voluntários e foi chamada no último sábado

Uma médica brasileira de 34 anos tomou a vacina experimental contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e contou como está se sentindo.

Ela disse que se inscreveu para fazer parte do corpo de voluntários e foi chamada no último sábado, 18, porque os pesquisadores precisaram de mais gente para aplicar o teste.

A pediatra, que trabalha na linha de frente, falou sobre possíveis reações da vacina.

“Eu estou tranquila, alguns colegas meus já tomaram, também desse hospital que eu trabalho. Um teve um pouquinho de reação, febre, dor no corpo, mas é esperado em qualquer vacina e e os outros dois não sentiram nada, então, eu estou esperançosa. Eu confio na Unifesp, eu confio em Oxford, então, eu acho que estou indo bem tranquila”, contou em entrevista ao G1.

Ela aguarda posicionamento da Unifesp, sobre sigilo ou não de voluntários, para poder se identificar.

A médica afirmou que considera um privilégio poder participar do estudo.

“Eu fico contente porque é uma coisa histórica que vai ficar aí para sempre, que vai ser contado para os filhos, para os netos, enfim, eu acho que é um privilégio poder participar. Estou bem contente de poder participar, de trabalhar na linha de frente, de poder contar minha história mais para frente”, afirmou.

E lembrou que não existem milagres nessa hora.

“Eu acho que a esperança nesse momento é a vacina, não vai ter nenhuma medicação milagrosa. Eu acho que o que vem pela frente de bom vai ser a vacina, mas eu não acredito que isso seja em menos de um ano”, afirma a médica.

Segurança

Na segunda-feira, 20, cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciaram resultados preliminares e afirmaram que a vacina da universidade contra a Covid-19 é segura e induziu resposta imune no corpo dos voluntários.

No entanto, o resultado não permite concluir ainda se de fato uma pessoa exposta ao Sars-Cov-2 fica imune com a vacina.

De acordo com a Unifesp, o imunizante, se tudo der certo, poderá ter o registro liberado em junho de 2021, assim que passar da fase 3 de testes.


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