Maternidade: mulheres que dão à luz mais tarde podem viver mais

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 19 de outubro de 2020 às 02:08
  • Modificado em 19 de outubro de 2020 às 02:08
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Maternidade pode oferecer algumas dicas significativas sobre a longevidade esperada de uma mulher

Ninguém sabe ao certo quanto tempo vai viver.

Contudo, o comprimento dos telômeros, que são extremidades dos cromossomos com função de proteger o DNA, pode oferecer algumas dicas significativas sobre a longevidade esperada de uma mulher que tenha sido mãe.

O Dr. Aladdin Shadyab, da Universidade da Califórnia de San Diego, descobriu como a idade da mulher no nascimento do último filho afeta o comprimento dos telômeros dos leucócitos e a saúde a longo prazo.

Os telômeros são complexos de DNA-proteína repetidos que protegem as extremidades dos cromossomos e têm-se mostrado essenciais para manter a estabilidade genômica.

E os leucócitos, ou glóbulos brancos, são células imunológicas encontradas no sangue.

Esta não é a primeira vez que o comprimento dos telômeros leucocitários é relacionado à expectativa de vida, embora no sentido inverso. 

Estudos anteriores sugeriram uma ligação entre o comprimento dos telômeros e várias condições crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, algumas doenças neurológicas e vários tipos de câncer.

Longevidade e idade no último parto​

O Dr. Shadyab confirmou que a idade materna no nascimento do último filho está positivamente associada ao comprimento dos telômeros, o que significa que as mulheres que deram à luz seu último filho mais tarde na vida provavelmente terão telômeros mais longos, um biomarcador de saúde e longevidade a longo prazo.

Este novo estudo em larga escala incluiu mais de 1.200 mulheres na perimenopausa e na pós-menopausa de várias etnias e origens. 

Além disso, ao contrário de estudos anteriores, foram levados em consideração fatores sociodemográficos relacionados aos padrões de procriação e decisões de saúde.

É importante salientar que esta conclusão mostrou-se válida para mulheres com um ou dois filhos nascidos vivos ou que usaram anticoncepcionais orais.

“Mais pesquisas são necessárias para determinar se a idade maternal mais avançada no último nascimento causa o alongamento dos telômeros ou se o comprimento dos telômeros serve como um indicador da saúde geral e corresponde à capacidade da mulher de ter filhos mais tarde,” comentou a Dra. Stephanie Faubion, da Sociedade Norte-Americana de Menopausa, entidade responsável pela publicação da pesquisa.

*Informações Diário da Saúde


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