Marco Garcia quer reduzir salários de vereadores pela metade na Câmara

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de maio de 2018 às 07:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:46
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Ex-presidente sugeriu medida para economizar recursos públicos; proposta não é bem vista

​Desde o ano passado, alguns vereadores conversam internamente no sentido de aumentar os salários para os eleitos da próxima legislatura. O subsídio atual é aproximadamente R$ 6 mil. 

Ninguém ainda se mexeu oficialmente para isso, mas a expectativa é que o assunto seja abordado ainda este ano, após as eleições de outubro, assim como outro tema espinhoso, que é o aumento na quantidade de vereadores em Franca.

Na terça-feira, o vereador Marco Garcia (PPS) fez uma proposta inesperada, na contramão das possíveis benfeitorias pretendidas. Sugeriu que os salários dos vereadores sejam reduzidos pela metade para “contribuir” com a Prefeitura para pagar dívidas trabalhistas com o funcionalismo.

“Mediante tudo isso, essa dificuldade do governo, eu já falei na tribuna, proponho novamente a redução em 50% dos salários dos vereadores, a partir de janeiro, para ajudar a pagar os servidores”, disse Marco, causando aplausos dos servidores presentes e visível constrangimento nos colegas.

A sugestão de Marco, que obviamente não será levada adiante, foi o ápice de uma série de críticas feitas por ele à gestão do prefeito Gilson de Souza (DEM).

Para ele, o enrosco financeiro do município é fruto de desorganização e gestão do prefeito Gilson quanto aos valores devidos ao funcionalismo em razão de ações judiciais na Justiça Trabalhista.

“O prefeito fala muito de planejamento estratégico. Mas eles sabiam desses valores a pagar e ninguém se preocupou. Preocuparam em aumentar em R$ 9 milhões o gasto com a coleta do lixo. O servidor teve 1,81% de aumento, a Seleta teve muito mais. Até o ano retrasado, o servidor recebia prêmio por assiduidade, R$ 1,2 milhão, que a Prefeitura economizou, com mais o desse ano, são R$ 2,4 milhões. Cadê o dinheiro?”, atacou Marco Garcia.

Diante do que ele expôs, o virtual corte de salários dos vereadores seria quase nada perto de outras despesas do município. “As contas da Prefeitura estão no vermelho e com déficit ascendente. É um governo que mantém essa quantidade de comissionados e não corta onde tem que cortar, não corta na própria carne. A Câmara não pode ser cúmplice de um governo que não dá conta de administrar a Prefeitura. Não dão conta de fazer um projeto. Peçam demissão, vão embora”, falou Marco, que ainda acrescentou: “No comércio, dizem que quem não tem competência, que não se estabeleça. Na política, quem não tem competência, que não se candidate”.


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