Marco Garcia deverá apertar oposição a Gilson de Souza na Câmara dos Vereadores

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 1 de janeiro de 2018 às 10:06
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:30
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Livre do peso da Presidência da Câmara, experiente vereador deverá ser um duro crítico do prefeito

Vereador de quinto mandato, conhecedor do Regimento Interno da Câmara de Franca, apreciador de debates e caracterizado pelo raciocínio rápido, Marco Garcia (PPS) deverá engrossar a força da oposição ao prefeito Gilson de Souza (DEM) no Legislativo.

No primeiro ano de mandato de Gilson, Marco não teve muitas chances de votar por estar ocupando a Presidência, onde somente se tem o direito de votar em caso de empate na votação ou em matérias específicas, como a cassação de um prefeito.

Também, por uma questão de bom senso e ética, o presidente usa pouco a palavra e geralmente, por sua posição de gestor, tem de ser mais contidos nas vezes que discursa. Afinal, ele é o terceiro na linha sucessória municipal, após prefeito e vice, e tem de manter a postura política.

Mas agora, desde esta segunda-feira, Marco está livre das amarras que o cargo impunha e deverá apertar o tom de críticas ao governo de Gilson de Souza, o qual ele já classificou de “desgoverno” e acusou de fazer “trabalhadas sobre trabalhadas”.

Outros embates que deverão se travados estão no nível legislativo, principalmente com o líder do prefeito, que deverá oficialmente ser Pastor Otávio (PTB) e com o líder informal de Gilson, que dizem, nos bastidores, ter momentos em que “manda” mais que o prefeito, vereador Corrêa Neves Júnior (PSD).

E assuntos não vão faltar. Os primeiros, mais em evidência, são o imbróglio judicial em que se transformou o pagamento das emendas impositivas do já distante ano de 2016, que a Prefeitura acionou a Justiça para não pagar as entidades assistenciais, e a Festa da Virada realizada pelo município.

Muitas perguntas pairam no ar sobre a festa. Como a Prefeitura fez anúncios sobre a festa, por seguidos dias, ao custo de R$ 4,7 mil cada, no jornal Comércio da Franca, sem que a Câmara tivesse sequer autorizado o evento? Como foram divulgados vídeos promocionais e fechados contratos com os artistas, também sem a respectiva lei?

São perguntas a serem feitas, contestações a serem levadas a debate que, certamente, Marco Garcia deverá colocar em pauta. Agora, livre, leve e solto para se expressar e usar de sua arma mais poderosa: o mandato concedido pela população e a liberdade de discursar na tribuna da Câmara. 


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