Entre as músicas consideradas “alheias” gravadas por Gilberto Gil, “Maracatu Atômico” é uma das mais marcantes. Numa espécie de sincretismo cultural, os autores Jorge Mautner e Nelson Jacobina fundem na composição, o atômico e o primitivo, versos de vanguarda e rítmica afro-brasileira, na forma estilizada de um maracatu eletrônico. Falando da letra, vejamos : “Atrás do arranha-céu tem o céu, tem o céu/ e depois tem outro céu sem estrelas/ Em cima do guarda-chuva tem a chuva, tem a chuva…”
Filho de alemães fugitivos do nazismo, Jorge Mautner é romancista e filósofo, defensor de uma síntese Marx-Nietzsche, paz versus guerra atômica, tendo representado uma alternativa às vanguardas literárias doas anos sessenta.
Considerando-se mais poeta do que músico, começou a compor e estreou em disco em 1966, com a canção “Radioatividade”, lançando o primeiro LP em 1972.
Mautner gravou “Maracatu Atômico” em seu álbum (que leva seu nome) de 1974. A obra seria gravada também por Chico Science e Nação Zumbi em 1996, regravada pela Nação Zumbi para o filme “Senna”, em 2010 e ainda por músicos da banda do próprio Jorge, para o documentário Jorge Mautner – O Filho do Holocausto.
É considerada pela revista Rolling Stone, a 48ª entre as 100 melhores músicas brasileiras de todos os tempos.
No vídeo, uma raridade: Caetano Veloso e Jorge Mautner, juntos, interpretando Maracatu Atômico.
Fontes : “A Canção No Tempo” – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello
Arquivo Pessoal de Dados
Fotos: Divulgação
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