​Mais Médicos: cubanos que parariam este mês na região ficam até após eleições

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de julho de 2016 às 07:30
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:51
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Programa é um dos poucos exitosos do governo petista e beneficia populações da região

As médicas cubanas Kirenia Gallo Pérez e Madalena Masó Ramos​ atendem em Pedregulho

Os profissionais cubanos do Mais Médicos, que estão  completando três anos de programa neste mês, ficarão no Brasil pelo menos até novembro, informou o Ministério da Saúde. 

As informações são de que o governo cubano aceitou que os profissionais da ilha fiquem no Brasil durante a Olimpíada e as eleições, estendendo por mais quatro meses a permanência dos médicos no país.

Várias pequenas cidades da região mantém o programa conveniado, como Franca e Pedregulho, entre outras. Em Pedregulho as jovens médicas médicas Kirenia Gallo Pérez e Madalena Masó Ramos

No entanto, além destes, outros profissionais do programa não deverão ficar mais de três anos no Brasil. 

Ainda não está acertado se, em novembro, Cuba enviará mais profissionais para substituir os que deixarão o país. 

O acordo foi feito entre o Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o governo cubano na última sexta-feira (15).

Quando o programa foi lançado, no dia 8 de julho de 2013, a previsão era que cada profissional clinicasse na atenção primária das redes municipais por até três anos. 

Em abril deste ano, a então presidenta  Dilma Rousseff estendeu o prazo mínimo por mais três anos, por medida provisória que agora tramita no Congresso Nacional para virar lei.

O objetivo da prorrogação do prazo de permanência dos médicos do programa é garantir que o atendimento não seja afetado durante a Olimpíada, nem no período eleitoral, quando os postos de saúde podem apresentar maior demanda. 

O governo brasileiro manifestou interesse em continuar com a cooperação, porém, ainda não há uma definição de Cuba quanto à permanência no acordo, nem de como as vagas serão ocupadas depois de novembro.

Médicos estrangeiros

Em nota, O Ministério da Saúde reafirmou ontem (18) que as atividades do Mais Médicos continuam em andamento, bem como as reposições, que são feitas regularmente. 

Na semana passada, do cerca de 1.500 médicos com diploma estrangeiro, inscritos individualmente e que completam os primeiros três anos de atuação em julho, 1.339 manifestaram interesse e vão permanecer na vaga. 

No caso dos médicos cubanos, a substituição é feita diretamente pela Opas com o governo de Cuba. Atualmente, dos 18.200 médicos do programa, 11.400 são cubanos.

Embora a maioria dos profissionais continue sendo de cubanos, nas últimas edições, o programa conseguiu atrair mais profissionais brasileiros. 


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