​MAIO, O MÊS DO DESMAIO

  • Língua Portuguesa
  • Publicado em 2 de maio de 2018 às 15:50
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 14:20
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Caro VESTIBULANDO, já escrevi e falei tanto sobre isso que pensei em não fazê-lo de novo. Porém, como sou um educador e ensinar significa repetir, então escreverei e falarei de novo, de novo, de novo, tantas vezes quantas forem necessárias, para ver se consigo tapar esse buraco.

Cuidado com o mês de maio, ele é um grande divisor de águas, pode ser o responsável pela sua vitória, mas também pela sua derrota. Por quê? Porque, se você resolver “chutar o pau da barraca” agora, arrumando todo tipo de desculpas para não fazer o que tem que fazer, pode começar a pensar no melhor cursinho para o próximo ano.

Se você acha que o capítulo de hoje de “Malhação” é imperdível, abandona os cursos e aulas de apoio que iniciou, porque não dá conta. Arruma defeitos em aulas e professores só para justificar o motivo pelos atrasos constantes e a “matação” indiscriminada das aulas. Se você vai a todas as festinhas e filmes durante a semana. Se você faz cara de tédio e alega estresse para não fazer nada, alguma coisa está errada. E muito!!! “Sua vaga subiu no telhado”.

É um erro acreditar que a sua vaga em uma faculdade se decidirá em uma “aula dica” no final do ano ou nas vésperas da prova. Na verdade, ela se decide muito antes, desde o momento em que sua família escolhe a escola em que você irá estudar. Quando pais e filhos traçam um projeto de vida juntos. Quando há comprometimento de ambas as partes com esse projeto de vida. Passar ou não nos exames é outra coisa, depende de uma série de fatores. Saber a matéria é apenas um deles, mas isso fica para um próximo texto.

O que o mês de maio tem de tão especial? Fácil. Ele é o mês da rotina. Não há mais novidade alguma, pois o vestibular, a cada dia, ganha traços muito mais definidos e repetitivos. As piadinhas dos professores começaram a perder a graça, os companheiros de sala de aula já se dividiram nas famosas panelinhas e os simulados viraram um pesadelo de quase todo final de semana. Sua vida se resume em aula: ou você está numa aula ou indo para uma ou voltando de uma ou se preparando para uma ou até mesmo sonhando com uma.

As cobranças familiares arrefeceram, as das escolas aumentaram, passaram a bater nos mesmos assuntos “chatos” que ninguém “aguenta” mais. A cada discurso em que o professor “cobra” mais estudo e o coordenador desanca os “coçadores”, as próprias cobranças começam a ganhar contornos de filme de terror.

Se você adiar tudo para as férias, esqueça. Ninguém estuda nas férias. Observe: muitos dos seus concorrentes se matriculam em cursos de apoio em maio ou procuram professores particulares. Por quê? Porque a rotina já lhes ensinou a procurar meios de fortalecer as partes em que estão fracos, senão ficarão pelo caminho. Os ditos “vagais” agarram-se às desculpas para ficarem livres das cobranças. Se você se dói diante de qualquer cobrança, confundindo com esperto”, está na hora de rever conceitos, ou seja, precisa começar a se preocupar em fazer uma atividade física, reservar uma parte do final de semana para você. Se você chora até em comercial de margarina, precisa de ajuda especializada. Você tem que se ver como um ser humano, não apenas como vestibulando, senão os cursinhos agradecem.


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