Machismo e falta de conhecimento ainda dificultam detecção precoce

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  • Publicado em 19 de julho de 2018 às 16:57
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:52
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Especialista do Centro Paulista de Oncologia comenta sobre os tumores que mais atingem o sexo masculino

Conscientizar
a população masculina sobre a importância de exames preventivos no combate a
problemas de saúde, em especial o câncer ainda é um grande desafio. Uma
pesquisa realizada em 2017 pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU),
encomendada pelo Datafolha, indica que 21% do público masculino acredita que o
exame de toque retal “não é coisa de homem”. Considerando aqueles com
mais de 60 anos (grupo de risco), 38% disse não achar o procedimento relevante.

Esses dados
revelam uma realidade preocupante, que colocam o preconceito e o machismo como
os principais entraves para o diagnóstico precoce e combate ao câncer de próstata.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil esse tipo de
tumor é o segundo mais comum entre os homens, correspondendo a 68 mil novos
casos entre 2018 e 2019, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma.

“Para
um diagnóstico precoce é recomendável que homens a partir de 50 anos (e 45 anos
para quem tem histórico da doença na família) façam exame clínico (toque retal)
e o teste de antígeno prostático específico (PSA) anualmente para rastrear o
aparecimento da doença”, comenta o Dr. Andrey Soares, oncologista do
Centro Paulista de Oncologia – unidade de São Paulo do Grupo Oncoclínicas.

Os
principais sintomas do câncer de próstata podem ser semelhantes ao crescimento
benigno da glândula, tendo como características dificuldade para urinar seguida
de dor e/ou ardor, gotejamento prolongado no final, frequência urinária
aumentada durante o dia ou à noite. Quando a doença já está em fase mais
avançada, pode ocorrer a presença de sangue no sêmen, impotência sexual, além
de outros desconfortos decorrentes da metástase em outros órgãos.

O tratamento
depende do estágio e da agressividade em que o tumor de próstata se encontra.
Em casos iniciais e com características de baixa agressividade, o
acompanhamento vigilante com consultas e exames periódicos deve ser discutido
com o paciente, uma vez que é possível poupar os mesmos de algumas toxicidades
que o tratamento causa. Nos outros casos de doença localizada, a cirurgia, a
radioterapia associadas ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia (também
conhecida como radioterapia interna) pode ser realizada com boas taxas de
resposta. “Após realizarem a cirurgia, em alguns casos é necessário
realizar o procedimento de radioterapia pós-operatória para a diminuição do
risco de recidiva da doença”, comenta Dr. Andrey.

Tumor
de testículo também envolve tabu a ser superado

Apesar de
mais raro, outro tipo de câncer merece a atenção dos homens quando o assunto é
detecção precoce: o tumor testicular. Se diagnosticado em fase inicial supera a
marca dos 90% de chance de sucesso no tratamento, mas a barreira do preconceito
ainda precisa ser superada.

Responsável
por cerca de 5% do total de casos de tumores malignos na população masculina,
de acordo com o INCA, o câncer de testículo afeta de forma mais frequente homens
com idades entre 15 e 50 anos. “Os sintomas mais comuns são aumento do
testículo e/ou dor. É muito comum que os homens o descubram no banho, durante a
higiene, por isso o autoexame da área é a melhor forma de garantir uma possível
detecção precoce de qualquer alteração”, comenta o Dr. Andrey.

O tumor
testicular é mais comum em indivíduos que sofreram traumatismos na região, o
que aumenta o risco de incidência entre atletas. Crianças que tiveram
criptorquidia, disfunção congênita em que o testículo nasce dentro do corpo, ou
seja, fora de posição normal, também estão entre o grupo que tem maior chance
de desenvolver a doença e devem ficar atentos a qualquer alteração no
testículo.

Sobre
o CPO

Fundado há
mais de três décadas pelos oncologistas clínicos Sergio Simon e Rene Gansl, o
Centro Paulista de Oncologia CPO , unidade São Paulo do Grupo Oncoclínicas,
oferece cuidado integral e individualizado ao paciente oncológico. Com um corpo
clínico com mais de 50 oncologistas e hematologistas e uma capacitada equipe
multiprofissional composta por: psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos,
farmacêuticos clínicos, enfermeiros, reflexologistas e médico especializado em
Medicina Integrativa. Oferece consultas médicas oncológicas e hematológicas,
aplicação ambulatorial de quimioterápicos, imunobiológicos e medicamentos de
suporte, assistência multidisciplinar ambulatorial, além de um serviço de apoio
telefônico aos pacientes 24 horas por dia e acompanhamento médico durante
internações hospitalares.

O CPO possui
acreditação Canadense nível diamante (Accreditation Canada), do Canadian
Council on Health Services Accreditation, o que confere ao serviço os
certificados de “excelência em gestão e assistência” e qualifica a
instituição no exercício das melhores práticas da medicina de acordo com os
padrões internacionais de avaliação. A instituição possui também uma parceria
internacional com o Dana Farber Institute / Harvard Cancer Center, que garante
a possibilidade de intercâmbio de informações entre os especialistas brasileiros
e americanos, bem como discussão de casos clínicos. Além disso, proporciona a
educação médica continuada ao corpo clínico do CPO e médicos especialistas, com
aulas e eventos com novidades em estudos e avanços no tratamento da doença.
Atualmente o CPO possui duas unidades de atendimento em São Paulo, nos bairros
de Higienópolis e Vila Olímpia.

Sobre
o Grupo Oncoclínicas

Fundado em
2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina.
Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados
brasileiros. Atualmente, conta com 55 unidades entre clínicas e parcerias
hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado na melhor
prática clínica.