Lojistas de calçados levam reivindicações ao governo federal para salvar setor

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 14:33
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:07
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Liderados pela Ablac, lojistas buscam melhores condições para a condução de seus negócios

O novo presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac), Marcone Tavares, que iniciou sua gestão em janeiro, manteve audiências com os ministros do Turismo, Marx Beltrão, e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, além do senador Renan Calheiros, líder do PMDB, em Brasília/DF, na última semana, quando apresentou a entidade, o perfil do setor (até então desconhecido dos ministros) e os principais pleitos do varejo calçadista.Foto: DINO

As reivindicações visam à melhoria da competitividade do comércio de calçados, que nos últimos anos vem sofrendo com a crise econômica e o aumento de custos, o que impacta diretamente na viabilidade do negócio. 

As reivindicações do setor lojista de calçados são desoneração da folha de pagamento (equalização da alíquota do varejo, de 2,5%, com a da indústria, que é de 1,5%), flexibilização do sistema trabalhista, por intermédio da implantação do part time, do contrato por hora trabalhada (e não mensalista) e da regulamentação da lei de cotas (PCD e Menor Aprendiz) pelo mínimo exigido pela Constituição Federal.

Outras reivindicações dizem respeito à área de tributos, em que a Ablac propõe a volta do crédito de ICMS de produtos importados à base anterior de 7% (hoje é de 4%) e o reajuste das faixas de faturamento do Simples Nacional pela inflação.

Avaliação positiva
“Foram audiências muito positivas, em que pudemos mostrar a representatividade da Ablac e a força do varejo de calçados, que precisa ter uma representação política condizente com a sua força econômica e condições mais favoráveis de operação”, diz Tavares, que contou com o apoio do ministro Marx Beltrão na apresentação dos pleitos ao governo federal. 

“A receptividade dos ministros e do senador Renan Calheiros demonstra que o caminho pode ser longo, mas o passo dado foi primordial para a evolução das pautas do setor, as quais até então não eram externadas e defendidas de forma contundente junto ao governo”, enfatiza o presidente da Ablac.

Nos próximos 15 dias, o presidente da entidade voltará à capital federal para entregar formalmente ofícios aos respectivos ministérios. “Estamos otimistas. Mudanças certamente vão ocorrer e, com elas, os lojistas de todo o Brasil terão um novo cenário para desenvolver seus negócios com rentabilidade”, finaliza. 


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