Livros do escritor Paulo Coelho são julgados como “anti-Islã” e apreendidos

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  • Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 16:09
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:05
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Autoridades de Al Marj criticaram livros sobre xiismo, cristianismo e bruxaria, contrários ao islamismo

​A obra do escritor brasileiro Paulo Coelho foi julgada nesta segunda-feira, 23, como “anti-Islã” e recolhida da cidade Al Marj.

Em um vídeo, uma autoridade de segurança da cidade de Al Marj – que é controlada pelo Exército Nacional Líbio – critica a “invasão cultural” através dos livros sobre xiismo, cristianismo e bruxaria, além de romances com passagens “eróticas”, que são contrárias aos preceitos do islamismo sunita, considerado uma vertente mais moderada.

Em seu Twitter, o escritor brasileiro mostrou indignação, e prometeu acionar autoridades brasileiras.

Os escritores líbios Azza Maghur, Idriss Al Tayeb e Radhuan Bushwisha publicaram um comunicado em protesto à apreensão dos títulos, que foram levados em um caminhão pela rota da cidade de Tobruk à Bengasi. Eles denunciaram a situação, e declararam que “seja qual for o pretexto”, é uma tentativa de “amordaçar as vozes e confiscar a liberdade de opinião e pensamento”.


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