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Calçadistas tomam parte do valor dos embarques negociados em dólar em antecipações
A desvalorização da moeda brasileira vem proporcionando a formação de preços mais competitivos nas negociações internacionais, o que representa melhores condições de concorrência perante os competidores além-fronteiras.
“O fato vem trazendo alento para os exportadores de calçados, que hoje têm a perspectiva de, a partir de 2016, retomar a posição do Brasil como fornecedor destacado em nível mundial”, avalia o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein.
Uma questão, todavia, vem chamando a atenção dos exportadores. Trata-se da disponibilidade de financiamento ao setor exportador, o que já motivou ações do Ministério da Fazenda, que recentemente divulgou reforço nas linhas de crédito para este fim.
Segundo Klein, parte das empresas exportadoras de calçados, como forma de financiamento da produção, recorrem às operações de Adiantamento de Câmbio e PROEX. Como as operações têm limites estabelecidos em reais e as empresas tomam parte do valor dos embarques negociados em dólar, o limite do crédito disponível fica menor.
“Há pouco mais de um ano, quando o câmbio estava na razão de US$ 1 por R$ 2,20, uma transação de US$ 100 ml significava a utilização de R$ 220 mil do limite de crédito. Com o dólar a R$ 4 o mesmo valor em dólares consome R$ 400 mil. O resultado disso é que a linha se esgota mais rapidamente”, explica o executivo.
Pacote
Há uma semana, visando estimular a economia, o Governo Federal, após reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), em Brasília, anunciou a abertura de linhas de crédito no valor de R$ 83 bilhões.
Segundo o executivo da Abicalçados, a notícia é boa para o setor exportador e pode resolver o problema do limite do crédito, mas ainda são necessários mais detalhes sobre o funcionamento do mecanismo.