Justiça Federal suspende leilão da sede da Recra em Ribeirão Preto

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 3 de setembro de 2018 às 09:55
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:59
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Defesa alega divergência de R$ 15 milhões entre avaliações feitas por oficiais de Justiça

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região suspendeu o leilão da sede da
Sociedade Recreativa e de Esportes de Ribeirão Preto, previsto para
acontecer nesta segunda-feira, 03 de setembro, na capital paulista.

Avaliado em R$ 51 milhões, o prédio seria leiloado devido a uma dívida
fiscal de R$ 1 milhão.

A decisão do desembargador federal André Nabarrete é uma resposta ao
recurso da defesa, que alega ter ingressado com um pedido de impugnação do
leilão em 18 de junho, ou seja, antes da publicação do edital, que ocorreu em 07
de agosto.

No pedido de impugnação, os advogados da Recreativa reclamam que há uma
divergência de R$ 15 milhões entre dois laudos de avaliação feitos por oficiais
de Justiça, em um período aproximado de cinco meses.

O desembargador suspendeu os leilões previstos – o primeiro nesta
segunda-feira, 03, e o segundo em 17 de setembro – até decisão definitiva do
recurso.

Em nota, o clube informou que aguarda novo Programa de Recuperação
Fiscal (Refis) para quitação de débitos federais.

Dívida fiscal

Considerado prédio simbólico no município, a sede da Recra foi erguida
na Avenida Nove de Julho em 1943 – o clube tradicional foi fundado em 1906 e
funcionava no Centro, onde atualmente é o Museu de Arte de Ribeirão Preto
(Marp).

Segundo a Justiça Federal, o imóvel tem 17 mil metros quadrados e conta
com campo de futebol, quadra de tênis, vestiários e piscinas. A Recra ficou
conhecida pela equipe de vôlei feminino, campeã da Liga Nacional em 1994, que
contava com a levantadora Fernanda Venturini.

O time encerrou as atividades em 2000 por falta de investimento. A crise
interna também afetou o número de sócios, que despencou com o passar dos anos.
O clube de campo, na Rodovia Anhanguera
(SP-330), também foi penhorado para pagar dívidas trabalhistas.


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