Aos 66 anos, jornalista Ricardo Boechat morre em acidente de helicóptero

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  • Publicado em 11 de fevereiro de 2019 às 14:17
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:22
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Ele estava dando uma palestra em Campinas e retornava a São Paulo quando a aeronave sofreu pane

​O jornalista Ricardo Boeacht morreu em um acidente de helicóptero no início da tarde desta segunda-feira, 11 de fevereiro, em São Paulo. A aeronave caiu sobre um caminhão no kk 22 da Rodovia Anhanguera, próximo ao Rodoanel Mário Covas.

Além de Boechat, outra pessoa que estava no helicóptero morreu, segundo o Corpo de Bombeiros. Até as 13h45, sua identidade não tinha sido confirmada. O motorista do caminhão ficou ferido e foi socorrido.

Boechat estava dando uma palestra em Campinas, no interior do estado, e retornava a São Paulo nesta segunda, de acordo com jornalistas da TV Band.

O jornalista da TV Band, José Luiz Datena, anunciou a morte do colega às 13h51 durante programação da emissora.

“Com profundo pesar, desses quase 50 anos de jornalismo, cabe a mim informar a vocês que o jornalista, amigo, pai de família, companheiro, que na última quarta, que eu vim aqui apresentar o jornal, me deu um beijo no rosto, fingido que ia cochichar alguma coisa, e, no fim, brincalhão como ele era, falou: “É, bocão, eu só queria te dar um beijo”. Queria informar aos senhores que o maior âncora da televisão brasileira, o Ricardo Boechat, morreu hoje num acidente de helicóptero, no Rodoanel, aqui em São Paulo. Ele foi a Campinas fazer uma palestra e o helicóptero que ele estava não chegou ao seu destino, que era o heliporto da Band. Ele caiu no Rodoanel e bateu num caminhão e as pessoas, segundo informações iniciais, teriam morrido na hora”.

Boechat começou a carreira de jornalista na década de 1970, como repórter do extinto jornal Diário de Notícias, no Rio.

Anos depois, integrou a equipe do colunista social Ibrahim Sued. Em 1983, começou a trabalhar no GLOBO, onde ficou até 2001. Ele também trabalhou nos jornais O Dia, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil e foi comentarista no Bom Dia Brasil, da TV Globo. Ele ganhou três vezes o Prêmio Esso, um dos principais do jornalismo brasileiro.

Aos 66 anos, apresentava, atualmente, o Jornal da Band, era âncora da rádio BandNews FM e assinava uma coluna na revista IstoÉ.


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