Jornal Nacional e Datafolha: dia de testar o potencial de Haddad em lugar de Lula

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 14 de setembro de 2018 às 08:05
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:00
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Ex-prefeito de SP tem nesta sexta, dia decisivo em sua corrida para atrair os votos do ex-presidente

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Quatro dias após ser confirmado como o candidato do PT à presidência, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, tem nesta sexta-feira um dia decisivo em sua corrida para atrair os votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Haddad participa de sabatina no Jornal Nacional, a mesma de que participaram seus adversários no final de agosto.

A militância petista tentará dar o máximo de visibilidade ao evento, tanto nas redes sociais quanto com um telão montado na Cinelândia, no Rio, para transmitir a entrevista. Depois, o próprio Haddad fará comício. A expectativa é reunir 20.000 pessoas.

A partir da próxima semana, o candidato deve mesclar, segundo a Folha, agendas no Sudeste, onde está o metade do eleitorado do país, com o Nordeste, onde o PT tem seu maior percentual de eleitores. 

Em paralelo, o PT vem reforçando, nos estados, a parceria de Haddad com os candidatos ao governo. Na Bahia, o novo slogan do candidato petista Rui Costa é “É 13 na Bahia, é 13 no Brasil. É Rui, é 13, é Haddad, é com 13 que eu vou”.

Haddad terá um desafio de mão dupla. De um lado, deve manter de um discurso incisivo de críticas a projetos como o teto de gastos e de defesa de programas sociais, para consolidar seu nome entre os órfãos de Lula. 

De outro, tentará acalmar o mercado e potenciais novos eleitores com a imagem de um político “moderado”. Perfil publicado no jornal britânico Financial Times mostra que Haddad tem se reunido com banqueiros e que fez uma gestão fiscal conservadora durante a prefeitura de São Paulo.

Uma nova pesquisa Datafolha, a ser divulgada na noite desta sexta-feira, deve mostrar se o candidato petista está ou não no caminho certo.

O último levantamento mostrou um avanço de 4% para 9% nas intenções de voto, o suficiente para colocar o petista tecnicamente empatado em segundo lugar, mas ainda quatro pontos atrás de Ciro Gomes (PDT). Ciro, aliás, é tido como seu maior adversário pelos votos da esquerda, sobretudo no Nordeste.


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