João de Deus recomendava 40 dias sem sexo a seus pacientes

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 16:01
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:15
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Médium aconselhava abstinência sexual a quem se submetia a seus tratamentos espirituais

João de Deus preso

O mesmo médium que é acusado de abuso por mais de cinco centenas de mulheres recomendava a seus pacientes, desde a década de 90, abstinência de sexo até 40 dias após o tratamento. Segundo João de Deus, que está preso preventivamente, este período é uma referência simbólica aos 40 dias que Jesus Cristo passou jejuando no deserto.

Na prática, a abstinência serviria para evitar um dispêndio desnecessário de energia, o que facilitaria a recuperação dos doentes submetidos às intervenções cirúrgicas espirituais.

Esses cuidados pós-operatórios estão registrados no livro Curas Paranormais Realizadas por João Teixeira de Faria, monografia feita em 1997 pela pesquisadora Alfredina Savaris, com a autorização do médium. 

O livro tornou-se uma espécie de manual sobre o funcionamento da Casa Dom Inácio de Loyola, o local onde eram feitas as curas mediúnicas do guru em Abadiânia.

Além de sexo, o médium recomendava os pacientes a evitarem carne de porco, pimenta, bebidas alcoólicas e ovo, “segundo orientação dos espíritos”.

No livro, João de Deus se autodefine: “Se eu fosse perfeito, não estaria nesta missão na Terra. Devo ter sido um grande pecador. Estou me preparando para outras encarnações”.


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