Jejum intermitente. Nova pesquisa revela mais um benefício para a saúde

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de dezembro de 2019 às 15:22
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:08
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O estudo demonstrou que evitar comer durante 14 horas reduz a pressão arterial e níveis de colesterol

Estudos apontam que o regime alimentar melhora os níveis de colesterol, açúcar no sangue e pressão arterial, além de reduzir o índice de gordura corporal em pacientes com síndrome metabólica.

O jejum peso não é somente uma prática adequada para quem deseja emagrecer. Um novo estudo mostra que manter uma alimentação restrita pode ser altamente benéfico quem sofre de síndrome metabólica.

Esta é uma situação que inclui uma série de problemas de saúde, como pressão alta, níveis elevados de açúcar no sangue, excesso de gordura corporal na região da cintura e níveis elevados de colesterol.

O estudo, publicado na revista Cell Metabolism, demonstrou que evitar comer durante 14 horas reduz a pressão arterial e os níveis de colesterol, além de promover a perda de peso e de gordura abdominal – desde que acompanhado pelas medicações indicadas para tratar essas doenças

Os dados apurados são relevantes já que a síndrome metabólica aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

“O metabolismo está intimamente ligado aos ritmos circadianos e, sabendo disso, fomos capazes de desenvolver uma intervenção para ajudar os pacientes com síndrome metabólica sem diminuir as calorias ou aumentar a prática de exercício físico”, comentou Pam Taub, da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, ao site especializado Medical Daily. 

O estudo

Para chegar a esta descoberta, os cientistas recrutaram 19 pessoas (13 homens e seis mulheres) – todos diagnosticados com síndrome metabólica. 

Os participantes relataram comer durante uma janela de tempo superior a 14 horas por dia. A equipe orientou os voluntários a usarem uma aplicação específica para registar quando e o que comiam durante duas semanas. 

No final desse período, os participantes entraram no regime de jejum intermitente, sendo orientados para comerem durante um período de 10 horas por dia.

A análise das observações revelou que os participantes que seguiram corretamente as instruções apresentaram melhorias no sono, redução de até 4% no peso corporal e diminuição da massa corporal, gordura abdominal e circunferência da cintura. 

Os investigadores notaram ainda que houve uma melhoria nos fatores de riscos para doenças cardíacas.

Outra observação importante indicou níveis reduzidos de pressão arterial, colesterol, açúcar no sangue e níveis de insulina.

Todos esses resultados foram obtidos através da combinação do jejum intermitente e medicações específicas para controle dos problemas de saúde registados. 

Os cientistas observaram que comer e beber dentro de uma janela consistente de 10 horas permite que o corpo descanse e restaure por 14 horas à noite. 

“Ao contrário da contagem de calorias, a ingestão de alimentos com restrição de tempo é uma intervenção dietética simples de incorporar, e descobrimos que os participantes conseguiram manter a programação alimentar”, disse Satchidananda Panda, do Instituto Salk, nos Estados Unidos, ao Medical Daily. 


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