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Cidade caiu ao índice mais baixo desde que o monitoramento começou a ser feito no dia 20 de março deste ano
O número de francanos que estão cumprindo o isolamento social para evitar a proliferação e a transmissão do coronavírus caiu de 56% para 42%, e colocou Franca em estado de preocupação no próprio governo estadual.
A cidade, que era verde no mapa do governo do Estado, passou para vermelho e já se posiciona entre as últimas no ranking elaborado diariamente pelas autoridades.
Os números foram obtidos a partir da utilização da tecnologia de movimentação, que são impessoais. O governo do Estado firmou parceria com as operadoras telefônicas para o fornecimento dos dados.
O Jornal da Franca, que tem divulgado com exclusividade cópias dos mapas sobre as regiões de Franca que estão cumprindo ou deixando de cumprir o isolamento, obteve os dados compilados no dia 9 de abril.
As autoridades sanitárias e epidemiológicas de Franca estão trabalhando com os dados, mas não podem fazer muito mais do que apelar para as pessoas ficarem em casa.
O objetivo é conscientizar a população a manter o isolamento, porque agora é o período mais crítico de transmissão do vírus, depois de um período de incubação.
E as projeções são de uma evolução exponencial.
O governo tem em mãos a movimentação das pessoas em todos os municípios paulistas e, dentro dos municípios, os movimentos dentro de cada célula de Estação Rádio Base, que permite saber como está o isolamento.
Os mapas sobre Franca mostram algumas regiões que têm menos de 20% de pessoas cumprindo o isolamento.
Ocorre que na região central aumentou muito o número de circulação de pessoas, o que desequilibra o mapa e mostra uma queda de 14% no isolamento, em números absolutos.
O dado interessante é que cresceu a quantidade de microrregiões pintadas de verde no mapa, o que significa mais de 50% das pessoas cumprindo o isolamento social nesses locais.
O médico Homero Rosa Júnior, diretor da Vigilância Epidemiológica, disse que, sem querer ser pessimista, acredita que o pior ainda está por vir.
“Teremos uma fase muito crítica, porque ainda está havendo um período de contaminação e quanto mais as pessoas estiverem em movimento mais expostas elas estarão”, disse.
Para ele, depois da contaminação vem a fase da manifestação do Covid-19, o que leva as pessoas para os hospitais. A projeção do próprio Ministério da Saúde é de que os números vão se multiplicar por 10 nas próximas duas semanas.
Se isso acontecer, Franca pode passar de seis para 60 casos, o que seria um desastre em todos os sentidos.
Franca tem uma estrutura de saúde preparada uma situação normal, mas não para uma situação anormal.
“Franca é centro de referência regional, portanto atende a população de várias cidades próximas, que, somadas, dá cerca de 800 mil pessoas”.
“Nossa estrutura oferece cerca de 35 leitos de UTI para Covid-19, neste momento, com respiradouros. Se o número de pacientes for maior, não há como atender”.
Por isso ele diz – e até apela – para as pessoas ficarem em casa, evitar serem contaminadas, evitarem passar o vírus para frente. “Só assim chegaremos bem ao final de tudo isso”.