INTUIÇÃO X CONCLUSÃO

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 09:38
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:07
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Seguir a intuição ou investigar, refletir, para assim concluir alguma coisa?

Para a intuição, basta um olhar. Tanto que a origem da palavra vem do Latim Latim INTUITIO, “um olhar, uma consideração”, de INTUITUS, particípio passado de INTUERI, “olhar para, considerar, avaliar”, de IN, aqui como “para, sobre”, mais TUERI, “olhar, vigiar”.

Para a conclusão será necessário, olhar, investigar, refletir, passar pelo viés da ciência ou de alguma disciplina como a própria teologia que pede um olhar para a história e para o sagrado ao mesmo tem.

Agir por intuição também leva a conclusão, mas é “daquele jeito”: Bater o olho e ponto. Só de olhar, superficialmente já se sabe no que vai dar.

Muito presente na arte, a intuição se materializa em telas inesquecíveis e memoráveis como Mona lisa (La Gioconda) de Leonardo da Vinci. É arte porque tem áurea (tem alma), é autêntica, não tem referência, veio de algum cantinho da mente ou da alma do “Léo”. Intuição.

Cabe ao homem sofrer, sonhar ou até mesmo se enveredar por caminhos sombrios para que da sua arte brote vida. Criativo isso.

Quantas discussões acaloradas em torno de Mona Lisa, sem conclusões ou explicações cabíveis.

A intuição provoca, movimenta.

As coisas guiadas pela conclusão resultante de um longo processo científico, muitas vezes estão recheadas de hipóteses. Intuições, soltas ali no meio do processo científico.

Não dá para elencar “Intuir” ou “Concluir” como um certo e outro errado.

O fato é que há muito tempo em que as pessoas deixaram de intuir, buscando modelos de como se viver, onde trabalhar, como falar, como escrever, onde ir; que muito de suas essências podem estar envelhecendo sem dar o ar da graça ao mundo.

Será que as contribuições dadas ao mundo não teriam mais efeito e criatividade se saíssem “direto” das pessoas, sem passar pelo google antes?

Será que seguir um modelo não seria pobre demais, já que o modelo já existe?

Será que dá para ser melhor que o modelo ou assumir a inferioridade diante dele e caminhar de outra maneira?

Intuir ou concluir? Quando e onde?

*Essa coluna é semanal e atualizada às quartas-feiras.


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