Instituto Butantã coleta escorpiões no cemitério da Saudade em Ribeirão

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de setembro de 2018 às 21:33
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:01
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Município foi construído em solo escorpiônico – animais serão usados na produção de soro

Pesquisadores do Instituto
Butantã estiveram em Ribeirão Preto para capturar escorpiões no Cemitério da
Saudade, o maior e mais antigo do município, construído em 1893, e que enfrenta
uma infestação desses animais peçonhentos.

O trabalho teve como objetivo orientar as equipes do
Programa Municipal de Controle de Vetores e coletar espécies para produção de
soro antiescorpiônico. O biólogo Paulo André Margonari Goldone explica que a
captura já é realizara no cemitério há muitos anos. “Na realidade, viemos dar
um suporte para a Prefeitura. A ideia é capacitação técnica, porque tem uma
universidade local, que foi um gerador de possibilidade. Como coletar,
armazenar e acabar enviando ao Instituto Butantã para a gente fazer a produção
de soro”, diz.

A coordenadora do Programa de
Controle de Vetores, Lucia Taveira, explica que as condições nos cemitérios, de
forma geral, são favoráveis aos escorpiões: os túmulos são ambientes úmidos,
quentes e abrigam muitas baratas, que servem de alimento a esses aninais. “Está
escrito na literatura, há mais de 60 anos, que a região de Ribeirão Preto foi
construída sobre um solo escorpiônico. O problema não é só em Ribeirão. As
espécies que predominam na nossa região são as duas que causam os acidentes
mais grave”, afirma.

Por esse motivo, Lucia diz que
os moradores devem redobrar a atenção nas visitas aos cemitérios,
principalmente durante a limpeza dos túmulos e o manuseio de vasos com flores,
e evitar levar crianças a esse local, porque elas são mais vulneráveis, em caso
de picada. “Quando as pessoas vierem ao cemitério, devem redobrar o cuidado.
Principalmente quando for manusear vasos, qualquer objeto que esteja no chão”,
conclui.


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