Infeliz no trabalho? Saiba como não trocar ‘seis por meia dúzia’

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de dezembro de 2019 às 10:15
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:06
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Quem está infeliz no emprego, deve refletir sobre os motivos de sua insatisfação e avaliar novas propostas

Quem está infeliz no trabalho e pretende mudar de emprego precisa refletir sobre os motivos de sua insatisfação e avaliar bem as propostas para não cair na mesma situação e acabar tendo novo desgaste na carreira.

“É preciso ter em mente que mesmo o emprego dos sonhos tem seus dias ruins. Não é sempre que você vai estar feliz. Há momentos de maior ansiedade e mais desgastantes. É nesta hora que você deverá tentar analisar a situação de fora”, diz Mylena Cuenca, headhunter na consultoria de recrutamento e seleção Trend Recruitment.

Mylena elenca perguntas que devem ser feitas pelo profissional antes de tomar alguma decisão:

  • Estou infeliz por causa do atual momento de alta demanda que está me sobrecarregando ou com todas as funções e responsabilidades do meu emprego?
  • Estou incomodado porque estagnei e não busquei novos desafios ou porque não me proporcionam novos desafios?
  • Será que essa empresa tem sérios problemas de gestão que não estão ao meu alcance e o melhor é procurar outro emprego?

Segundo ela, essas perguntas são importantes para se conhecer e diagnosticar as causas da infelicidade no emprego, além de ser parte de um processo maior de aprendizado, necessário para o crescimento profissional. 

Por isso, o autoconhecimento é a maior aliada na carreira. “Depois de identificar onde está a falha, fica muito mais fácil tomar a melhor decisão e procurar oportunidades profissionais e empresas que tenham mais a ver com você. É importante estarmos felizes com nossos empregos, já que boa parte dos nossos dias são dedicados a eles”, observa.

Mylena ressalta que, ao mesmo tempo em que as companhias esperam alto desempenho e produtividade de seus empregados, os trabalhadores buscam ser mais reconhecidos e realizados com o que fazem, por uma remuneração adequada e com mais qualidade de vida. O grande desafio é justamente achar o equilíbrio das expectativas de cada lado.

A recrutadora alerta que toda empresa tem uma cultura e uma forma de organização interna, e muitos candidatos ainda não pesquisam sobre isso antes de concorrer a uma vaga. Segundo ela, isso é determinante para o profissional poder avaliar se está tomando a decisão certa para a sua carreira.

Veja dicas para quem pretende trocar de emprego:

  • Pesquise sobre a empresa que oferece a vaga. Qual é a cultura? Que tipo de produto ou serviço essa empresa tem? Olhando de forma geral, você se identifica com ela?
  • Como está a avaliação da empresa no mercado de acordo com os profissionais que passaram por ela? Dê uma olhada sobre o que os ex e/ou atuais funcionários falam sobre a empresa em sites especializados que trazem as avaliações dos profissionais.
  • Procure ler sobre a empresa em publicações de negócios na mídia, em diferentes veículos.
  • Seja questionador e faça perguntas durante a entrevista para que entenda exatamente onde está entrando e qual tipo de expectativa você pode ter. Trata-se de em um ambiente descontraído de uma startup, por exemplo, ou uma companhia mais conservadora? Você se encaixaria nesse ambiente?
  • Avalie o entorno onde está sendo entrevistado, como as pessoas te recebem e até como se vestem e tente se imaginar naquela rotina. Seria um lugar em que você se sentiria acolhido? O lugar desperta em você coisas positivas? Você gosta do jeito como o seu entrevistador te recebe e conversa com você? Essa identificação com o ambiente é extremamente importante.
  • Pela descrição do desafio, da empresa, da equipe, você sente que é a pessoal ideal para a vaga? Você se sentiu confortável?
  • Converse com ex-funcionários. Se você não conhece ninguém que tenha trabalhado na empresa, procure esses contatos em redes sociais como LinkedIn.


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