compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Um dos principais polos do país encerrou 2017 com 27 milhões de pares produzidos, 10,89% a menos que em 2016
Conhecida como um dos maiores polos calçadistas do país, Franca encerrou 2017 com a pior produção de calçados dos últimos 20 anos, segundo dados divulgados pelo Sindicato da Indústria de Calçados (Sindifranca).
O levantamento baseado na média de funcionários em atividade mostra que as fábricas do município fecharam com a produção estimada em 27 milhões de pares, número mais baixo desde 1997. O saldo somente foi superior em relação a 1996, com 24,8 milhões de pares.
Associada pelo setor à crise político-econômica brasileira, a tendência de queda na produção também está presente na geração de empregos na cidade. Apesar de ter figurado entre os municípios brasileiros com maior geração de vagas em 2017, Franca vem perdendo postos de trabalho na indústria calçadista, carro-chefe de sua economia, desde 2013.
Dados parciais do Ministério do Trabalho referentes ao período entre janeiro e novembro apontam para uma média de 21,2 mil empregados contratados, 2,7% abaixo da média de 2016.
Mercado interno e exportações
Em 2017, o cenário das indústrias calçadistas foi marcado por uma estabilidade na demanda do mercado interno e por uma queda no número de sapatos exportados.
De tudo que foi produzido nas fábricas, 88,06% foi direcionado ao mercado brasileiro. O total, 23,7 milhões de pares, no entanto, representa o mesmo de 2016.
Os 11,94% restantes – 3,2 milhões de pares – foram para 107 países, com uma queda de 0,85% no número de calçados exportados em relação a 2016. Estados Unidos, com quase 30% de participação, segue como principal importador do calçado de Franca, seguido por Bolívia (10,8%) e Argentina (8,9%).
Uma alta, de 9,6%, foi observada no montante do faturamento das exportações, mas está associada à alta da moeda americana. No ano passado, o mercado externo rendeu US$ 76,2 milhões em negócios, diante de US$ 69,5 milhões em 2016.
Com isso, o município respondeu por 7% do faturamento das exportações brasileiras de calçados e por 67,07% dos negócios com outros países fechados por fábricas de sapato do Estado de São Paulo.