Inadimplência de consumidores de energia elétrica é de R$ 18 milhões

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de junho de 2019 às 22:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:37
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Levantamento da CPFL apontou que cerca de 85% das dívidas são provenientes de residências

Um levantamento
da Companhia Paulista de Força e Luz (CFPL) apontou Ribeirão Preto como a
cidade que possui maior número de clientes inadimplentes no interior do estado.
O valor do débito é de aproximadamente R$ 18 milhões, segundo a empresa.

A companhia
realiza 130 mil cobranças nas 309 unidades consumidoras do município por mês e,
pelo menos, 85% das dívidas são provenientes de residências. O impacto dessa
inadimplência pesa no bolso de todos os usuários do serviço.

De acordo com o
gerente de operações Ocimar Perpétuo Benzati, como forma de compensar as
perdas, os reajustes nas contas acabam sendo maiores. “Parte da tarifa que os
clientes pagam é repassada na tarifa anual da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) para as distribuidoras. O equivalente a perda dessas tarifas é
rateado no valor da conta de quem está pagando. Então parte das pessoas pagam a
tarifa de quem está inadimplente”, explica.

Entre maio de
2018 e o mesmo período deste ano, aumentou em 10% o número de clientes
inadimplentes na cidade, segundo apurado pela CPFL. Para caracterizar a dívida,
basta não constar o pagamento de uma conta dentro do prazo de vencimento.

Até o final do
mês de junho, mais de 30 equipes da CPFL vão realizar ações de visitas aos
endereços em débito na cidade. O objetivo é conseguir minimizar os prejuízos em
caixa. “A gente recomenda que o pessoal procure os nossos canais de
atendimento, veja a dívida que tem e tente quitar o quanto antes esse débito
para evitar a interrupção no fornecimento, por que ela ocorrerá sem falta nas
próximas semanas”, diz Benzati.

Caso haja corte
da energia elétrica, o consumidor precisa pagar as contas atrasadas e, em
seguida, ligar no atendimento da empresa para pedir a religação. A distribuição
da energia será restabelecida em até 24 horas, segundo a CPFL.

Durante as
vistorias, os agentes vão inspecionar se as residências possuem ligações
clandestinas de energia. “O consumo não pago, chamado de ‘gato’, é crime e está
sujeito a penalidades. A gente está indo em todos esses casos, vários deles com
boletim de ocorrência, e encaminhando para a polícia”, afirma o gerente de
operações da companhia.

Caso seja
constatada a ligação irregular, o consumidor pode pagar uma multa que varia
entre R$ 70 e R$ 230. Após a quitação do débito, uma medição será realizada e
todo o retroativo, desde que fez o serviço clandestino, será cobrado.


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