IGP-M, índice que reajusta aluguéis, tem deflação de 0,52% em 2017

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de dezembro de 2017 às 23:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:30
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Foi a primeira queda na inflação do aluguel desde 2009, o que possibilita renegociação pelos inquilinos

O Índice Geral de Preços de Mercado, usado para reajustar a maioria dos contratos de aluguel, registrou uma deflação este ano. Isso não acontecia desde 2009. Quem mora de aluguel tem agora a oportunidade de renegociar e, quem sabe, até reduzir os valores.

O IGP-M, Índice Geral de Preços de Mercado, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, é usado para cálculo da maioria dos contratos de aluguel.

Em dezembro, ele subiu 0,89%, mas no acumulado do ano manteve a trajetória dos meses anteriores e ficou em -0,52%. Foi a primeira queda na inflação do aluguel desde 2009.

Quando há deflação no índice que reajusta os aluguéis, isso não significa que o valor dos aluguéis vai cair automaticamente, na mesma hora. Mesmo que hoje em dia existam mais imóveis para alugar do que inquilinos procurando.

A queda do preço do aluguel está mais associada à recessão econômica, mas a grande disponibilidade de imóveis no mercado faz com que a eventual economia gerada por essa deflação seja pequena.

Para o diretor da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor e Trabalhador, Francelino Carvalho, a melhor tática para o inquilino é negociar com o dono do imóvel.

O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário, Cláudio Hermolin, concorda e diz que a crise tem gerado distorções. “A gente chegou em uma situação tal de vacância, de negociação de valor de aluguel, que você tem locais da cidade onde se paga menos de aluguel do que se paga de condomínio e IPTU”, disse.

E, no futuro, o inquilino pode usar a deflação como argumento contra grandes aumentos. 


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