iFood faz testes para usar robôs e drones e fazer entregas em parques

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  • Publicado em 3 de fevereiro de 2020 às 11:05
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:20
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A entrega com robôs, por exemplo, já está sendo testada dentro da sede da empresa, em Osasco (SP)

Usar robôs drones para fazer entregas de comida parece coisa do futuro? Pois essas situações estão bem próximas de virar realidade se depender dos planos do iFood, maior empresa de delivery do país.

A entrega com robôs, por exemplo, já está sendo testada dentro da sede da empresa, em Osasco (Grande SP).

O uso de drones está dependendo apenas de autorizações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo).

Que tipo de robô é esse?  A robô de entregas do iFood foi batizada de Ada, em homenagem à matemática Ada Lovelace, que criou o primeiro algoritmo da história.

É uma espécie de caixa sobre rodas, que consegue transportar pedidos que somem até 30 quilos.

Onde a Ada vai ser utilizada? Fernando Martins, gerente de inovação e logística do iFood, disse que o plano é utilizar a Ada para fazer a ponte entre a praça de alimentação, o hub de processamento de pedidos de shopping centers e os entregadores que levarão a comida até os clientes.

“Normalmente, a praça de alimentação dos shopping centers fica no último piso, exigindo que o entregador se desloque muito dentro do local. A Ada vai fazer caminho entre a praça e o hub. Os parceiros de entrega retiram no hub e complementam a entrega. Ela cuidará dessa primeira perna”, disse Martins.

E quando a Ada vai começar a trabalhar nos shopping centers? O iFood não quis especificar um prazo, mas informou que isso acontecerá ainda neste ano. Os testes começarão em um shopping de São Paulo.

E os drones serão utilizados como? Eles também vão complementar o trabalho dos entregadores humanos. Ou seja, os drones não serão usados para entregar comida na janela do consumidor. 

A entrega continuará sendo feito na porta pelo entregador humano.

E quando a entrega com drones começa? Esse projeto já é um pouco mais complicado, pois depende de autorizações do governo, da criação de rotas aéreas e de um droneport (espécie de aeroporto de drones).

“Estamos tentando liberar a primeira rota de teste de drone para começar a testar esse modelo em Campinas”, disse Martins.

Como será feita esse tipo de entrega? Os drones terão capacidade para transportar até 3 quilos. Eles transportarão os pedidos de um hub localizado em um shopping center e levarão até um droneport, que ficará perto de um condomínio.

A robô do iFood

O que mais vem por aí? 

O iFood vem expandindo a implantação do iFood Box, que são armários que recebem as entregas localizados em prédios comerciais e residenciais. Já existem 110 desses armários, a grande maioria em São Paulo. 

Esse modelo otimiza o tempo do entregador, que não precisa ficar esperando o cliente vir buscar o pedido. “Essa experiência é muito positiva para o cliente e para o entregador. O cliente desce quando quiser para retirar seu pedido. E o tempo de espera do entregador caiu de 20 minutos para 1,5 minuto”, afirma Martins.

Mas isso já existe. Tem mais alguma coisa para ser lançada? Segundo o executivo, umas das ideias é que as entregas possam ser feitas em qualquer lugar. Exemplo: parques públicos, drive-thru. Nesses casos, a entrega poderia ser feita pelo modelo iFood Box.

Por que testar esses modelos? Não é caro demais? 

“A gente acredita muito em projetos que vão trazer eficiência para a logística. Qual tamanho dessa eficiência? Ainda não dá para saber, mas nossa preocupação é dar um passo para a evolução do mercado, sempre pensando na experiência do cliente”, disse o gerente de inovação.

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