Idosa deixa fortuna secreta de R$ 40 milhões para ajudar alunos carentes

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de janeiro de 2020 às 18:38
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:15
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Ninguém imaginava que esta mulher modesta tinha uma fortuna secreta de mais de R$ 40 milhões.

Eva Gordon, de 105 anos, morreu em junho do ano passado e deixou um testamento.

Ela não estipulou no testamento de como o dinheiro deve ser usado, mas expressou sua preferência: para possa ajudar estudantes desfavorecidos.

Diretores de pelo menos 12 faculdades comunitárias do estado de Washington ficaram chocados no mês passado ao encontrar um cheque no valor de US$ 550 mil – mais de R$ 2,2 milhões – em suas caixas de correio.

Fortuna secreta

Eva Gordon se mudou de Oregon para Seattle depois do colegial, onde começou a trabalhar como assistente de negociação em uma empresa de investimentos.

Sua fortuna de US $ 10 milhões, escondida dos amigos, foi acumulada ao longo de décadas comprando e mantendo ações com retornos financeiros estáveis nas – agora famosas – empresas do noroeste, como Nordstrom, Starbucks e Microsoft.

Apenas na última década as ações que ela manteve por tanto tempo começaram a crescer.

Casada com o corretor Ed Gordon, Eva não teve filhos e mantinha uma vida reservada.

“Ela gostava de ver os alunos trabalhando, ganhando e fazendo coisas. Seu objetivo era proporcionar uma oportunidade para as pessoas que mal podiam pagar, seja treinamento vocacional ou habilidade acadêmica”, disse John Jacobs, afilhado de Eva, representante imobiliário, a representantes do Renton College.

Bolsas de estudo

O Renton Technical College, uma das 17 escolas beneficiadas com a herança.

A doação dela foi a maior contribuição financeira única para faculdades comunitárias na história do estado de Washington.

A RTC, Renton Technical College, uma das 17 escolas que receberam, anunciou que vai usar o dinheiro para criar um fundo de subsídios e bolsas de estudos para estudantes carentes.

“Na RTC, muitos de nossos alunos são universitários de primeira geração, pais solteiros, imigrantes ou trabalham para pagar pela escola”, disse Stan Kawamoto, presidente do conselho da Fundação RTC.

“O verdadeiro custo da faculdade vai além do pagamento da mensalidade, especialmente em King County, onde o custo de vida é alto. Quando você é um pai que trabalha, ou é o primeiro em sua família a frequentar a faculdade e precisa de transporte para ir à escola, seus custos são muito altos”.

Jacobs falou que a madrinha sempre foi generosa: “com um coração tremendo [que] gostava de jogar uma corda para ajudar as pessoas a subir”, concluiu.


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