Hospital de Clínicas da Unicamp bate recorde de transplantes em 2017

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 07:43
  • Modificado em 29 de outubro de 2020 às 23:53
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Houve aumento de 38% em relação a 2016; espera caiu de quatro para dois anos

O Hospital de Clínicas da Unicamp registrou o maior número de transplantes anuais de sua história. Em 2017, foram realizados no hospital 485 transplantes de diferentes órgãos.

O recorde representa um aumento de 38% nas operação do tipo, se comparada às 351 realizadas em 2016. Desde 1984, quando foram realizados os primeiros três transplantes de rim, até dezembro de 2017, o Hospital de Clínicas realizou 6753 procedimentos de diferentes órgãos.

Quase todos os tipos de procedimentos cirúrgicos que envolvem doações de órgãos realizados no Hospital de Clínicas tiveram um aumento entre 2016 e 2017. Os transplantes de medula óssea passaram de 37 para 43, já os de rim aumentaram de 136 para 148.

Foram realizadas ainda 218 transplantações de córnea, contra 123 no ano anterior, e o número de pacientes que receberam um novo fígado saltou de 47 para 70 de um ano para outro.

Além desses casos, foram realizados mais seis transplantes de coração. O trabalho da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do HC também superou o ano de 2016, com a realização de 371 notificações, chegando a 132 doadores efetivados.

Coordenadora dos transplantes hepáticos do HC, médica Ilka Boin comentou que o aumento de 48% no número de transplantes de fígado é reflexo tanto do trabalho desenvolvido no hospital quanto da possibilidade de aumentar a captação de órgãos no Estado de São Paulo.

Já a professora Marilda Mazzali, responsável pela área de nefrologia do HC, falou sobre a preocupação em aumentar o número de transplantes sem perder a qualidade.

Os transplantes de fígado ultrapassaram a meta estabelecida para o ano, com oito cirurgias a mais, sendo 140 com doadores falecidos, e apenas oito originário de doador vivo. “Com esse aumento de transplantes de doadores falecidos, diminuímos mais de 30% a lista de espera. O tempo na fila de espera era de quatro anos, e agora a média de espera é de dois anos, sendo que em alguns tipos de casos a lista está zerada”, ressaltou.

O aumento do número de cirurgias também colabora para diminuir a mortalidade em lista de espera do SUS, tanto com a rapidez quanto em poder oferecer uma melhor qualidade de vida no pós-operatório aos pacientes transplantados. Isso reflete da diminuição do tempo de internação e de casos de complicação.


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