Hormônios femininos podem intensificar a dor de cabeça em mulheres

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 3 de julho de 2018 às 14:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:50
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Segundo OMS, dores de cabeça de vários tipos atingem 63 milhões de brasileiros de todas as idades

As dores de cabeça, que podem surgir
de repente ou gradualmente e durar uma hora ou vários dias, atingem cerca de 63
milhões de brasileiros de todas as idades, segundo a OMS (Organização Mundial
da Saúde).

No entanto, as mulheres são ainda as
mais prejudicadas, já que contam com um ciclo menstrual que envolve, desde a
primeira menstruação até o período da menopausa.

Durante esses momentos, a mulher
sofre como uma flutuação mensal de hormônios em seu organismo, o que faz com que
elas tenham uma predisposição para ter dor de cabeça e desenvolvam mais crises
de enxaqueca do que os homens.

De acordo com o ginecologista e
obstetra do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, Maurício Sobral, a relação
hormonal está mais ligada as crises de enxaquecas do que apenas simples dores
de cabeça, por isso, surge a tão conhecida enxaqueca menstrual. Isso acontece
porque os níveis de estrogênio e progesterona caem neste período.

Uma curiosidade é que, de acordo com
um estudo feito pela Nashville Neurosciense Group, 64% das mulheres que
relacionam a enxaqueca com o período pré-menstrual, deixam de ter dores de
cabeça durante a gravidez. “A questão hormonal em relação as dores de cabeça e
crises de enxaquecas são tão fortes que, normalmente, durante o período de
gestação, momento em que os hormônios, em geral, dão uma trégua, muitas
mulheres que lidam com este problema, costumam não sentir tantas dores”, afirma
o especialista.

A melhor maneira de tratar o problema
é através de medidas preventivas, com medicações que evitem que a mulher
desenvolva a cefaleia. No entanto, é importante consultar um ginecologista, já
que uma das maneiras controlar as dores, seria interromper o ciclo menstrual. “Apenas
um especialista poderá identificar a real relação entre os hormônios e as
enxaquecas por meio de uma avaliação médica cuidadosa. É importante ressaltar
que a automedicação não é indicada e que com a ajuda de um médico, o paciente
receberá o tratamento certo para seu caso”, finaliza Sobral.


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