HC de Barretos estuda método preciso contra câncer de colo do útero

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de abril de 2018 às 23:15
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:40
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Exame genético para identificar o vírus do HPV promete ser maias exato do que o Papanicolau

Em três anos, o Hospital de
Câncer de Barretos vai submeter 27 mil mulheres a um teste genético que promete
ser mais eficaz que o papanicolau na prevenção do câncer de colo de útero.

O objetivo é comprovar a eficiência de um exame que
reconhece o DNA do papiloma vírus humano, o HPV, apontado como a principal
causa do tumor, o terceiro que mais atinge mulheres no país, segundo o
Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O exame molecular é conhecido no meio médico, mas ainda
não é aplicado em larga escala no Sistema Único de Saúde (SUS). “O
importante é fazer a detecção das lesões precursoras, em que se consegue depois
de um simples tratamento evitar que essas mulheres desenvolvam o câncer depois
de 10, 15 anos de evolução”, afirma o ginecologista oncológico Júlio César
Possati Resende.

Responsável pela pesquisa,
Resende afirma que, enquanto papanicolau consegue detectar 60% das lesões
causadas pelo HPV, no exame molecular a eficácia é de até 90%.

Até agora, 5,5 mil mulheres foram submetidas ao teste.

Além de reduzir a
possibilidade de erro humano, o método molecular também reduz a frequência de
exames a que a paciente, em caso de resultado negativo, precisa ser submetida,
segundo Resende. “Quando você utiliza os testes genéticos de HPV, tem a
possibilidade de espaçar a realização dos exames. Diferentemente do
papanicolau, onde a mulher precisa ser testada todos os anos, com o teste
genético você pode fazer um teste a cada três ou cinco anos”, afirma.

A expectativa, de acordo com o
coordenador da pesquisa, é de que no futuro o teste genético se torne padrão no
SUS. “É isso que nós pretendemos ao final da pesquisa. Nós vamos avaliar a
questão de custo e efetividade e avaliar o impacto orçamentário que isso pode
ter caso ele seja implementado pelo Ministério da Saúde”, conclui.


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