Guedes estima Brasil novo lá por setembro, outubro, novembro e bons tempos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de junho de 2020 às 15:54
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:51
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Ele diz que acredita nisso e que vai lutar por isso de manhã, à tarde e à noite, até conseguir os resultados

O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta terça-feira (16), que a pandemia de covid-19 é como “uma bomba biológica” que levou o País a uma situação aguda de emergência fiscal. 

“A pandemia é o verdadeiro cisne negro, é uma bomba biológica. A calamidade púbica produziu caso particularmente agudo de emergência fiscal”, afirmou, em videoconferência organizada pelo Instituto de Garantias Penais (IGP).

Guedes estimou que o Brasil estará num novo estágio até novembro, com um bom ano a partir daí. “Acho que lá para setembro, outubro, novembro, nós já estamos num novo país, com ano novo muito bom pela frente. Eu acredito nisso, vamos lutar por isso, manhã, tarde e noite estamos lutando por isso e que acho que nós vamos conseguir”, afirmou.

Guedes disse ter certeza que o país irá atravessar as ondas de desafios na saúde e na economia pela crise com o coronavírus e que irá surpreender neste processo.

Pacto Federativo

Guedes reforçou a necessidade de aprovação da proposta de Novo Pacto Federativo enviada pelo governo ao Congresso ainda no ano passado.

“Está muito evidente a necessidade de um Novo Pacto Federativo. As relações entre União e entes federativos são tensas. Há muitos passivos”, afirmou, em videoconferência organizada pelo Instituto de Garantias Penais (IGP) sobre “Os Reflexos das Decisões Judiciais na Política Econômica”.

O ministro citou decisão judicial que poderia obrigar a União a depositar recursos referentes à Lei Kandir em 48 horas a um Estado, que acabou culminando em um acordo do governo com o Supremo Tribunal Federal (STF) e os Estados sobre a lei.

“Um contencioso de 20 anos foi equacionado. Temos feito muito acordos que eram esqueletos no armário. (O presidente do STF, ministro Dias) Toffoli tem evitado pautas bombas”, comentou ele.

O ministro ainda criticou a atuação de alguns Tribunais de Contas Estaduais (TCEs) que, segundo ele, não seguem as melhores práticas do Tribunal de Contas da União (TCU) e acabam aprovando contas de governadores que deixam rombos para seus sucessores.

Passaporte tributário

O ministro da Economia defendeu a criação de um “passaporte tributário” para que empresas comprem a passagem para o novo regime que entrará em vigor após a reforma tributária.

“Quem quiser continuar no modelo atual de manicômio tributário, com contencioso trilionário na Justiça, pode continuar. Mas, se quiser fazer um pequeno acerto de contas do passado, pagando um porcentual da dívida, passamos para um modelo novo”, afirmou.

Guedes criticou a dinâmica de disputas entre escritórios de advocacia e a Receita Federal em torno dos contenciosos tributários.

“Temos que passar desse jogo de soma zero para um jogo onde todos ganhem. Esse viés de contencioso já nos colocou no buraco, acredito que só podemos melhorar”, completou.


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