Governo retoma cronograma inicial e auxílio será pago até junho

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de abril de 2020 às 00:20
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:38
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Antecipação foi cancelada e calendário segue cronograma inicial, com pagamentos em abril, maio e junho

O governo decidiu retomar o cronograma original do auxílio emergencial de R$ 600 para os trabalhadores informais, prevista na lei, que citava o pagamento em três meses e vai cancelar a antecipação das parcelas do benefício. 

Pelo calendário já divulgado pela Caixa Econômica Federal, as três parcelas do benefício seriam pagas nos meses de abril e maio.

O novo cronograma vai durar os meses de abril, maio e junho, conforme disse o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, ao participar de uma live ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

“Nós teremos pagamentos em abril, maio e junho da questão dos R$ 600, que é o auxílio emergencial”, disse Guimarães.

O novo cronograma deve ser anunciado na próxima semana, assim que o Ministério da Economia autorizar o crédito extraordinário no valor de R$ 25,7 bilhões para o Ministério da Cidadania. 

A expectativa é que uma medida provisória com a liberação desses recursos seja publicada nesta sexta-feira, 24.

Segundo o Ministério da Cidadania, as três parcelas do auxílio vão exigir um desembolso de R$ 32,7 bilhões cada uma e que já foram transferidos para a Caixa R$ 31,3 bilhões. 

Sem novos recursos, a Caixa restringiu o pagamento do benefício às famílias do Bolsa Família. A antecipação da parcela, prevista para esta quinta-feira,  foi cancelada.  

“Não há a menor possibilidade deste governo realizar um pagamento sem que tenha dinheiro e esteja no Orçamento” disse Guimarães. 

No início da transmissão, Bolsonaro disse que trataria do “assunto do momento, o auxílio emergencial”. 

Ele afirmou que a Caixa já pagou em torno de 33 milhões de pessoas e que o número de beneficiados foi além da expectativa, e que “alguns milhões” estão reclamando. Ele, então, passou a  palavra ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

“Foram mais de 45 milhões de pessoas que se cadastraram. Então nós estávamos esperando algo como 20 milhões, 25 milhões e já se cadastraram 45 milhões”.  

“Então este é o maior ponto, ou seja, um volume muito grande de pessoas, e várias delas ainda não receberam a resposta porque está em análise por todo o grupo que está fazendo – explicou Guimarães.

Ele disse que nesta sexta-feira, 24, a Caixa fará o pagamento do auxílio para mais 1,9 milhão de trabalhadores informais porque o banco recebeu uma verba do Ministério da Cidadania:  

“Em primeira mão, nós recebemos o recurso do Ministério da Cidadania, então só assim que a gente anuncia, da primeira parcela de mais 1,9 milhão de pessoas, que são os informais”. 

“Nós tínhamos pago 13,1 milhões e aumentaremos para 15 milhões de pessoas. Este recurso será depositado na sexta-feira à noite. A partir do sábado as pessoas poderão retirar um volume de R$ 1,2 bilhão a mais”.

A Caixa informou que pagou o auxílio para 33,2 milhões de pessoas, o que representa um volume total de R$ 23,5 bilhões. 

Desse universo, 10,5 milhões são trabalhadores que estão inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do Ministério da Cidadania; 13,1 milhões são informais que não aparecem nesse cadastro e 9,6 milhões são beneficiários do Bolsa Família.

Os pagamentos começaram no dia 09 de abril. 

Bolsonaro esclareceu que o pagamento da segunda parcela ocorrerá antes de 30 dias após o recebimento da primeira.

De acordo com último balanço da Caixa, foram finalizados 45,9 milhões de cadastros no aplicativo e site por trabalhadores que não estão inscritos no cadastro do governo e pleiteiam o auxílio.  

Os dados estão sendo repassados aos lotes à Dataprev, empresa de processamento de dados do governo federal, para análise e liberação do pagamento.

Segundo Bolsonaro, o pente fino que está sendo feito deve chegar ao fim em até 10 dias.


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