Governo instável poderá comprometer o apoio de Gilson na próxima eleição

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de outubro de 2017 às 14:41
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:24
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Promessas não cumpridas e denúncias de má gestão podem enfraquecer eleitorado do prefeito

Não há como negar a força política do prefeito Gilson de Souza (DEM). Elegeu-se na eleição para prefeito com mais de 90 mil votos, venceu duas eleições para deputado estadual, sendo que na última delas, que ficou como suplente, obteve 49,1 mil votos em Franca, em 2014.

É natural que seu apoio para as eleições de deputado estadual no ano que vem, já que ele não vai concorrer, por estar no mandato de prefeito, seja importante. O possível candidato será seu irmão, Nirley de Souza (PP). A segunda opção é seu filho, Gilsinho de Souza

Caso ele não apoie ninguém, perderá espaço para seu rival histórico, Roberto Engler (PSDB), e a delegada Graciela Ambrósio (PR), que também está bem cotada para o próximo pleito à Assembleia Legislativa.

O problema é que a inconstância do governo de Gilson, que responde a uma Comissão Processante na Câmara dos Vereadores, e o não cumprimento de diversas promessas de campanha poderão afetar o desempenho do prefeito como padrinho do irmão ou do filho.

Gilson tem se mexido e nomeou diversas lideranças da região para ocuparem cargos no primeiro e segundo escalão de seu governo, afinal, votos na região são fundamentais para o sucesso nas eleições. 

Mas o prefeito, ao que parece, tem esquecido de fazer a lição de casa. Sua gestão, nestes primeiros oito meses, tem sido alvo de críticas intensas pela falta de “pegada” do governo na omissão de temas como a invasão de ambulantes em Franca. 

Outro ponto negativo de Gilson, na hora de pedir votos para o seu futuro herdeiro político, será o não cumprimento de grande parte de suas promessas de campanha, como ônibus a R$ 1 em todo o fim de semana, implantação de hospital veterinário público, construção de casas populares, entre outras.

Politicamente, o prefeito ainda tem agido de forma duvidosa, por exemplo, no ato de não fazer o pagamento das emendas impositivas relativas ao ano passado e de não se mostrar propenso a pagar as do ano que vem também. 

As entidades assistenciais não receberam os recursos até agora e passam por dificuldades para manter o trabalho social prestado à população. Algumas inclusive correm o risco de fecharem as portas.

Com tantos contras em tão pouco tempo de governo, a preocupação de Gilson, de agora em diante, poderá não ser somente no sentido de convencer os eleitores a votar em seu indicado no ano que vem, mas convencê-los de que ele próprio, Gilson de Souza, de fato era uma opção viável para a Prefeitura de Franca.


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