Governo Gilson poderá gastar, por sugestão de Corrêa, para criar projeto

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 26 de junho de 2018 às 05:29
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:49
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Vereador já disse na Câmara, mais de uma vez, ser favorável à contratação de empresa para regularizar cargos

​A Prefeitura tem afirmado que o corte de despesas nas secretarias tem gerado economia para a gestão de Gilson de Souza (DEM). Mas esta redução de gastos pode se limitar a investimentos de interesse do município ou ações das secretarias, o que pode prejudicar a população.

Isso porque o empenho de Gilson e de sua equipe na Prefeitura para a criação de um novo projeto para regularizar 225 funções comissionadas é grande. Manter este pessoal todo não é barato, custa alguns milhões de reais por ano, mas é prioritário para Gilson de Souza, uma vez que são cargos políticos e sinônimos de votos e trabalho “voluntário” nas campanhas do prefeito e de seus indicados políticos, inclusive familiares.

E para demonstrar que de fato se trata de uma prioridade, o vereador Corrêa Neves Júnior (PSD), líder informal e o mais influente membro da Câmara no governo – mais até que o líder Pastor Otávio (PTB) e o irmão de Gilson, Nirley de Souza (PP) -, defende que seja contratada uma empresa terceirizada para criar o projeto e evitar erros cometidos pela equipe do prefeito nos projetos anteriores sobre o tema.

Curiosa a situação, pois o vereador Corrêa quer que a Prefeitura gaste alguns milhares de reais para que uma empresa crie o projeto autorizando que Gilson gaste outros milhões de reais com a manutenção de todos os comissionados. Isso partindo de um membro do Legislativo, a quem caberia fiscalizar os gastos do governo e não incentivá-los.

Paralelamente a tudo isso, o Tribunal de Justiça, que considerou os 225, do total de 330, cargos inconstitucionais, recomendou que Gilson de Souza seja investigado pela Procuradoria de Justiça, justamente por insistir na manutenção de tantos comissionados, mesmo com uma decisão contrária anterior. O prefeito poderá responder, por isso, a ação civil pública por improbidade administrativa.


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